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Capital

"É um acalento", afirma a mãe de taxista sobre prisão de assassinos

A costureira Izis Barbosa elogiou resposta rápida da polícia na caça aos criminosos

Marta Ferreira | 28/04/2020 11:50
Izis Barbosa é costureira e contou ao Campo Grande News ter voltado a trabalhar, em respeito ao que o filho gostaria que fizesse. (Foto: Kísie Ainoã)
Izis Barbosa é costureira e contou ao Campo Grande News ter voltado a trabalhar, em respeito ao que o filho gostaria que fizesse. (Foto: Kísie Ainoã)

Menos de 24 horas depois de fazer o que nenhuma mãe quer na vida, enterrar o filho, a costureira Izis Barbosa, de 67 anos, recebeu a notícia da prisão do trio apontado como responsável pela morte do taxista Luciano Barbosa, vítima de latrocínio neste sábado (25), aos 44 anos. Nem de longe diminui a dor da perda, mas, nas palavras de Izis funciona como um “acalento”.

Ela fez o contato com o Campo Grande News. Num momento onde o recolhimento é comum para viver o luto, quis agradecer.

“Um abraço nunca significou tanto para mim”, disse, sobre as pessoas que não arredaram pé até Luciano ser achado, infelizmente morto, e até que seus algozes fossem presos. A mãe citou, além dos próprios filhos, Lucas e Andreia, os colegas taxistas de Luciano, na atividade há mais de 20 anos.

Destinou recado específico aos policiais responsáveis pela prisão dos três ladrões, duas mulheres e um adolescente. “Eles foram incansáveis”, afirmou a mãe, depois de fazer questão de pedir à reportagem a transmissão, por meio do jornal, do agradecimento à equipe. “Desde que a fora que eu fiz o b.o (boletim de ocorrência)”, citou ao falar da dedicação ao trabalho de investigação.

Izis contou ter acompanhado, ainda que reclusa em sua tristeza, o vai e vem de policiais em busca de informações capazes de ajudar a localizar Luciano e, depois de confirmada a morte, de pegar seus assassinos. “Fico muito agradecida”, resumiu.

Mais uma entre as famílias “órfãs” da violência, a costureira avalia que a resposta rápida de prender os criminosos em flagrante tira do peito, pelo menos, o sentimento da impunidade.

Luciano morava com Izis e sua presença, obviamente, é forte na casa. no Bairro Santa Fé, de onde o profissional saiu para a última corrida da vida. Para atender a forma como ela entende que o filho gostaria de vê-la, a costureira voltou ao trabalho. Como já mostrou reportagem do Campo Grande News, ela está dedicada à produção de máscaras de tecido, para proteção contra o contágio do novo coronavírus. “Meu filho não ia gostar de me ver de outro jeito”.

Cortejo durante o velório de taxista, nesta segunda-feira.
Cortejo durante o velório de taxista, nesta segunda-feira.


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