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Capital

Em debate, trabalhadores afirmam que déficit da previdência é falácia

Nyelder Rodrigues | 03/04/2017 23:10
Evento reuniu vereadores e representantes sindicais (Foto: Divulgação)
Evento reuniu vereadores e representantes sindicais (Foto: Divulgação)

Em debate realizado nesta segunda-feira (3) à noite na Câmara Municipal de Campo Grande, servidores públicos e demais trabalhadores de diversas áreas se reuniram para conversar sobre a Reforma da Previdência, projeto do Governo Federal e que gera polêmicas e diversas divergências em todo o país.

Entre os argumentos do Governo está que há déficit na previdência, o que os trabalhadores classificam como "falácia". O projeto ainda está em tramitação no Congresso Nacional e pode sofrer alterações no texto.

"Não traduz o anseio da população", frisa o vereador André Salineiro (PSDB), que preside a Comissão de Legislação Participativa da Câmara. Salineiro, antes de parlamentar, atuava como policial federal. Ele, seguindo o raciocínio dos outros trabalhadores, ainda completou que o rombo da Previdência é uma falácia para apressar a votação.

"A PEC 287 está sendo votada em tempo recorde. Nunca se viu uma PEC que afetará tantos cidadãos. Mais de 100 milhões serão prejudicados por ela. Temos que levar à todos as informações sobre essa proposta, que não traduz o anseio da população. Se a população tiver conhecimento dos efeitos dessa PEC, ela vai para a rua", alerta Salineiro

A reunião foi convocada pela Comissão Permanente de Legislação Participativa e reuniu membros da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul), dos poderes Executivo e Legislativo, além de representantes sindicais e da sociedade civil.

Outro que protestou contra a reforma foi o professor Roberto Magno Botarelli, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), maior entidade representativa do Estado. Segundo ele, a tentativa do Governo Federal de transferir a responsabilidade das reformas para governos e municípios "é uma mentira".

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