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Capital

Em reunião com MPE, Sesau diz que setor da psiquiatria terá mais médicos

Aliny Mary Dias | 15/07/2014 11:25

A falta de leitos e o caos no atendimento a pacientes psiquiátricos motivou uma reunião entre o MPE (Ministério Público Estadual) e representantes de vários setores da saúde da Capital. No encontro realizado na última semana, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) se comprometeu a suprir a falta de profissionais em turnos semanais e implantar plantões aos fins de semana, a mudança deve ocorrer na prática em até 30 dias.

O aumento da rede de assistência à saúde mental com implantação de mais unidades CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) também foi discutida na reunião que foi coordenada pela Promotora de Justiça Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, titular da 32ª Promotoria de Justiça de Saúde.

Segundo a Sesau, a pasta irá resolver parte dos problemas com médicos nos turnos faltantes, matutino e vespertino, de plantões médicos, de segunda a sexta, das 7h às 19h. Também irá implantar o plantão de médicos do turno de sábado, com plantão no período das 7h às 13h.

Sobre a criação de novos Caps, a Sesau apresentou projeto de implementação de mais um até o mês de setembro de 2014 e a transformação do Caps AD em 24 horas, ampliando assim o número de leitos psiquiátricos emergenciais. O aumento de profissionais e leitos no Hospital Nosso Lar também foi assunto do encontro.

Um cronograma foi definido entre os representantes dos órgãos para que o atendimento aos pacientes seja melhorado. Uma nova reunião está marcada para o dia 12 de agosto.

Caos – No último sábado, o presidente do CRM-MS, Alberto Cubel Júnior, disse ao Campo Grande News que o conselho constatou a redução de leitos para pacientes da psiquiatria. “O que existe é uma desassistência para esses pacientes, muitos acabam indo para a criminalidade ou ficam internados em unidades de atendimento 24 horas sem atendimento adequado”, diz.

De acordo com a entidade, a OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta que haja um leito de psiquiatria para cada 1 mil habitantes. Na conta, o Estado precisaria de pelo menos 2,5 mil leitos. Já a orientação do Ministério da Saúde é menos exigente e exige 1.125 mil leitos no caso de Mato Grosso do Sul.

Indiferente de qual recomendação seguir, o Estado está muito aquém do ideal. Atualmente, segundo Cubel, há 242 leitos em Mato Grosso do Sul. Do total, 160 estão no Hospital Nosso Lar na Capital, 30 na Santa Casa, 12 no Hospital Regional e 40 deles em Paranaíba.

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