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Capital

Estado e município definem hoje divisão de valores para repasse à Santa Casa

Ricardo Campos Jr. | 16/06/2015 17:15
Santa Casa enfrenta crise em função de repasse público (Foto: arquivo)
Santa Casa enfrenta crise em função de repasse público (Foto: arquivo)

A divisão de valores entre município e estado para compor o repasse da Santa Casa de Campo Grande deve ser definida ainda nesta segunda-feira (16). Segundo a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), representantes das duas esferas de governo estão reunidos para dar um desfecho à crise enfrentada pelo maior hospital de Mato Grosso do Sul.

“Na realidade, esse contrato não é só para resolver o problema da Santa Casa e sim da saúde de Campo Grande, porque abrange outras unidades, como o Hospital Regional, o Hospital Universitário, o Hospital do Pênfigo e o São Julião”, disse o secretário municipal de saúde Jamal Salém durante assinatura de termo de compromisso com o CRF (Conselho Regional de Farmácia).

Segundo ele, essas outras instituições ajudarão a desafogar a demanda por certos tipos de procedimentos na cidade. “O Hospital do Pênfigo, por exemplo, vai abrir para marcar cirurgias do quadril, visto que a fila tem mais de cem pacientes aguardando há anos”, completa.

Hoje pela manhã, o governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) já havia comentado a respeito das negociações, mas não deu prazos. “Já apresentamos nossa proposta a eles (prefeitura), mas não vamos fazer dinheiro novo, para eles diminuírem a parte deles, esta semana a proposta final deve ser apresentada”, ponderou.

Disse ainda que já informou a direção da Santa Casa que vai contribuir na conclusão do Hospital do Trauma, onde segundo ele, faltam R$ 12 milhões, assim como em recursos para ampliar leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Já disse que neste sentido, o governo será parceiro, vai cumprir seu papel”.

Crise – Para continuar atendendo pelo SUS, a Santa Casa pede ao poder público R$ 4 milhões por mês e cobra assinatura de um contrato por cinco anos com cláusulas anuais de reajuste. No entanto, o município alega que só tem condições de pagar R$ 3 milhões e pediu ajuda ao estado para suprir o restante.

Desde que o último contrato com o município venceu em abril deste ano, a unidade e a prefeitura têm resolvido a situação de forma paliativa em meio a protestos de funcionários da unidade e ameaças de suspender atendimentos.

O impasse atrasou, inclusive, a negociação salarial com os trabalhadores da enfermagem, que deveria ter começado em abril e está suspensa por tempo indeterminado, já que a diretoria da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), mantenedora do hospital, alega falta de recursos.

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