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Capital

Fahd vai deixar Garras sob escolta para fazer exames como tomografia

Saída foi autorizada por juiz, para confecção de laudo sobre estado de saúde do réu na operação Omertà

Marta Ferreira | 30/04/2021 14:55
Escolta do Garras na chegada de Fahd Jamil a Campo Grande, quando ele se entregou, no dia 19 de abril. (Foto: Henrique Kawaminami)
Escolta do Garras na chegada de Fahd Jamil a Campo Grande, quando ele se entregou, no dia 19 de abril. (Foto: Henrique Kawaminami)

Pelo menos meia dúzia de exames laboratoriais e de imagens terão de ser feitos por Fahd Jamil, 79 anos, réu na operação Omertà, para execução laudo da perícia médica que vai indicar as condições de saúde do preso. Fahd está em cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) desde 19 de abril, e espera decisão do juiz Roberto Ferreira Filho sobre pedido de prisão domiciliar.

Entre as solicitações, está a realização de tomografia computadorizada de tórax. Fahd, segundo a defesa, respira com apenas 30% da capacidade de um pulmão, já que não tem o outro, retirado em razão de câncer.

O prazo para o perito do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) entregar o laudo era hoje, mas ele solicitou mais tempo, para atualização dos testes médicos.

Foi estendido o tempo pelo juiz e autorizada a saída do preso sob escolta do Garras. Pelo que a reportagem apurou, não houve providência nesse sentido  ainda. O agendamento está previsto para a semana que vem.

Só quando o perito estiver com os  resultados dos exames em mãos terá cinco dias para entregar o laudo da perícia médica, feita nesta semana.

A partir dela, o magistrado da 1ª Vara Criminal vai decidir se acata o pedido de prisão domiciliar. Além da saúde frágil, a defesa “Fuad” alega que ele está sendo ameaçado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) e por isso não poderia ir para o sistema prisional.

Declaração do preso em audiência de custódia foi de que integrantes da facção “andam atrás” dele em Ponta Porã, onde vive.

Chamado de “Rei da Fronteira” por muito tempo, Fahd ficou foragido por 10 meses, de junho do ano passado até o dia 19 de meio. É réu em três ações derivadas da Omertà, como chefe de organização criminosa que traficava armas, corrompia agentes públicos e matava pessoas para manter negócios escusos, segundo a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate  ao Crime Organizado).

A defesa informou, por meio do advogado André Borges, que os exames estão sendo providenciados.

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