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Capital

Família afetada por rompimento de barragem ainda não foi indenizada

Após recusar proposta de R$ 150 mil, família tenta ser ressarcida pelos danos que chegam a R$ 800 mil

Por Jéssica Fernandes | 25/04/2025 17:13
Família afetada por rompimento de barragem ainda não foi indenizada
Gabriele (ao centro) durante entrevista em agosto, um dia após o acidente. (Foto: Arquivo Campo Grande News/ Henrique Kawaminami)

Passados 248 dias desde o rompimento da barragem do condomínio Nasa Park, em Jaraguari, a família de Gabrielle do Prado Lopes Bettencourt ainda não recebeu indenização pelos estragos causados na propriedade rural. Com prejuízo estimado em R$ 800 mil, a família rejeitou, em dezembro, a proposta de R$ 150 mil feita pelos responsáveis pelo empreendimento.

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Passados 248 dias do rompimento da barragem do Nasa Park em Jaraguari, a família de Gabrielle do Prado Lopes Bettencourt ainda não foi indenizada pelos R$ 800 mil em prejuízos. A proposta de R$ 150 mil foi rejeitada por ser insuficiente. A propriedade permanece inutilizável, afetando a renda familiar. O rompimento causou danos estimados em R$ 10,4 milhões, e um acordo de R$ 1,3 milhão foi firmado para indenizar vítimas, com pagamentos em parcelas. A situação da família ilustra as dificuldades enfrentadas após a tragédia.

Durante audiência realizada na última quarta-feira (23), a advogada da A. A. Empreendimentos informou que não há nova proposta além da apresentada no fim do ano passado. “Ela falou que não tinha contraproposta, que a proposta foi feita dia 12/12 e que não aceitamos os R$ 150 mil”, afirmou Gabrielle.

O lote da família segue inutilizável, tomado por sujeira e infestação de animais peçonhentos. “A gente não tem nem como se manter fazendo uma compra mensal decente, quem dirá gastar pagando trator para a limpeza das áreas atingidas”, relatou.

Família afetada por rompimento de barragem ainda não foi indenizada
Parte interna da casa de Gabriele, depois do rompimento da barragem (Foto: Henrique Kawaminami)

Em dezembro, Gabrielle já havia procurado a imprensa para denunciar as dificuldades enfrentadas após a tragédia. Segundo ela, a família acumulou dívidas, já que dependia da produção da chácara, que incluía criação de porcos, seis tanques de peixe e plantações de mandioca e milho. A renda média mensal era de R$ 7 mil, somando os ganhos dela e do pai. Nem ela nem o irmão aceitaram a proposta da empresa por considerarem o valor irrisório diante dos danos sofridos.

Rompimento - A barragem do Nasa Park se rompeu na manhã do dia 20 de agosto de 2024, destruindo casas, plantações e criações de animais, e abrindo uma cratera em um trecho da BR-163. O congestionamento chegou a quatro quilômetros no sentido Norte e três no sentido Sul.

De acordo com estimativa do Daex (Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução) do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), os prejuízos totais somam ao menos R$ 10,4 milhões, incluindo danos materiais e ambientais.

Indenizações - O rompimento resultou em um acordo de R$ 1,3 milhão para indenizar vítimas. O valor, de R$ 1.305.000,00, será pago em três parcelas quadrimestrais (a cada quatro meses).

O acordo firmado com o MPMS prevê o pagamento de R$ 500 mil divididos entre quatro vítimas, com valores individuais entre R$ 80 mil e R$ 150 mil. O cronograma estipula o pagamento de 30% após quatro meses da audiência realizada em dezembro, mais 30% após oito meses e os 40% restantes ao final de 12 meses.

Outras duas pessoas atingidas devem ser ressarcidas por meio da reconstrução de cercas e instalação de tanques com alevinos.

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