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Capital

Família diz que jovem não morreu por dever droga: foi vítima do namorado

O celular da vítima foi entregue à delegada, em que estavam mensagens com ameaças

Por Ana Beatriz Rodrigues | 14/11/2023 15:57
Equipe da Deam na unidade de saúde onde a jovem morreu (Foto:Osmar Daniel)
Equipe da Deam na unidade de saúde onde a jovem morreu (Foto:Osmar Daniel)

A morte de Gabriela de Oliveira Belentani, de 18 anos, que de início era tratada como assassinato por dívida de drogas, tomou um rumo diferente nesta semana. Desde ontem (13), a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) trata o caso como feminicídio e violência doméstica. O caso ganhou outro rumo após o celular da jovem ser apresentado na delegacia pela família, com ameaças do namorado.

Durante a manhã desta terça-feira (14), parente da jovem conversou com a equipe do Campo Grande News. Segundo o relatado, a primeira informação de que houve discussão antes dos disparos não existe, conforme a pessoa, o atirador se aproximou e disse apenas: "toma aqui o que você merece, Gabi". "Esse rapaz era namorado dela”, afirmou.

Ainda em conversa, a parente muito próxima disse que o crime tem três envolvidos. O primeiro agrediu a jovem um dia antes. No dia seguinte, o namorado pegou a arma com um amigo e depois cometeu o feminicídio.

A princípio, a polícia levantou a hipótese de o crime ter sido motivado por dívidas de drogas, já que a vítima era dependente química, informação confirmada pela família. “Ela era usuária, mas o namorado dela já tinha feito ameaças várias vezes”, contou.

O Campo Grande News procurou a delegada Analu Ferraz que está à frente das investigações, mas até o momento ela não respondeu aos questionamentos. A assessoria da Deam disse que “por enquanto a delegada não falará sobre o assunto”, finalizou.

O caso - No dia 10 de novembro, Gabriela abordou um vizinho para pedir carona até a casa da mãe, quando foi surpreendida pelo atirador, que até o momento não foi identificado. O rapaz disparou contra ela cerca de seis vezes. Condutor de um Fiat Uno então socorreu a vítima até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário.

A jovem morreu no caminho e, segundo a Polícia Civil, ela seria dependente química. O crime aconteceu na Rua Nilton Évora. Equipe da Polícia Militar também esteve no local. A arma usada pelo atirador e o responsável pelos disparos ainda não foram encontrados.

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