“Fiz sozinho, na hora da raiva”, diz réu por matar jovem com seis tiros
Lucas Henrique Souza dos Santos passou por julgamento nesta sexta-feira e foi condenado a 18 anos de prisão
Sentado no banco dos réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Lucas Henrique Souza dos Santos, o “LK”, confessou ter matado Gabriela de Oliveira Belantani. O crime aconteceu em novembro de 2023, quando a jovem foi espancada e baleada com seis tiros, na região do Bairro Jardim Botânico. Ela foi socorrida, mas morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário.
RESUMO
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Lucas Henrique Souza dos Santos, acusado do feminicídio de Gabriela de Oliveira Belantani, confessou o crime durante o julgamento. Ele afirmou ter agido sozinho por "raiva", após ameaças do marido de Gabriela, com quem teve um relacionamento breve. Apesar de inicialmente ter envolvido Anderson de Oliveira Samento, Lucas assumiu a responsabilidade pelo assassinato, alegando ter usado sua própria arma. O julgamento de Anderson foi adiado, e Lucas foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado. A irmã de Gabriela expressou alívio pela condenação, apesar da irreparável perda.
Além de Lucas, Anderson de Oliveira Samento chegou a ser preso e denunciado pelo feminicídio. No entanto, hoje, na frente do juiz Aluizio Pereira dos Santos, LK afirmou ter cometido o crime sozinho “na hora da raiva”, porque estava sendo ameaçado pelo marido de Gabriela.
“Eu tive relação com ela uma vez só e nunca mais. O Anderson não tem nada a ver com isso, acho que colocaram o nome dele, porque a gente andava junto, mas ele não estava lá no dia. Fiz sozinho na hora da raiva. O marido dela estava me ameaçando, porque eu tinha tentado bater nela no dia anterior, mas nem cheguei a encostar nela”, afirmou Lucas em depoimento.
Durante o julgamento, o rapaz ainda afirmou que a arma usada no feminicídio era dele e, na delegacia, estava com medo do que havia feito, por isso disse que o revólver tinha sido dado por Anderson, que chegou a ser apontado como mandante do crime.
“Naquele dia eu estava no beco e aí ela apareceu e o marido dela veio me intimando por causa de eu ter batido nela. Eu corri para pegar a arma que estava no mato, o cara já tinha vazado. Ela estava entrando no carro e eu resolvi atirar. Depois eu corri a pé para minha casa que era ali perto”, finalizou Lucas.
O outro réu não compareceu ao julgamento porque seu advogado teve um problema de saúde e o júri do acusado precisou ser remarcado. Investigador da Polícia Civil prestou depoimento como testemunha e afirmou que Gabriel havia contado para a esposa de Anderson que os dois estavam tendo um relacionamento extraconjugal, com isso, o homem ficou bravo e, então, chamou Lucas para agredir a jovem.
“Eles foram na casa onde ela ficava. Bateram nela e cortaram o cabelo dela. Ela conseguiu fugir e chamar a polícia e eles fugiram pulando o muro da casa. Só pararam de bater porque a esposa do Anderson era amiga da Gabriela e pediu. Ele ficou mais bravo que ela chamou a polícia e então encomendou a morte”, relatou o policial que alegou, ainda, que o homem foi quem deu a arma para LK atirar na vítima.
Lucas foi sendo condenado a 18 anos de prisão em regime fechado pelo feminicídio. Ao Campo Grande News, a irmã de Gabriela contou que o julgamento não trará a jovem de volta, mas a Justiça está sendo feita.
“O Anderson vivia ameaçando-a. Sempre dizia que mataria ela. É muito ruim reviver isso, mas é o momento de cobrar a justiça por ela. Ela escolheu o caminho errado, mas não podia terminar assim”, desabafou Daiane Oliveira, 38 anos.
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