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Capital

Flagrado com munição de uso restrito, agente paga fiança, mas fica preso

Brum foi preso na manhã do dia 12, por policiais do Batalhão de Choque na casa em que mora no Residencial União

Geisy Garnes | 15/06/2018 13:35
Ao lado de Tânia Cristina, o agente penitenciário foi apresentado na Depac Piratininga (Foto: Bruna Kaspary)
Ao lado de Tânia Cristina, o agente penitenciário foi apresentado na Depac Piratininga (Foto: Bruna Kaspary)

O agente penitenciário Adilson Aparecido Brum Weis, de 55 anos, pagou fiança e vai responder em liberdade por porte ilegal de arma de fogo, crime pelo qual acabou detido em flagrante durante a Operação Paiol. O suspeito no entanto, permanece preso por um mandado de prisão preventiva, expedido durante investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

Brum foi preso na manhã do dia 12, por policiais do Batalhão de Choque. Os militares foram à casa do agente penitenciário, no Parque Residencial União, para cumprir um mandado de busca e apreensão e outro de prisão preventiva em nome do suspeito, decretada pelo juiz da 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Caio Márcio de Brito, no dia 25 de maio.

Durante as buscas, a equipes encontrou um revólver calibre 38 e dez munições do mesmo calibre, mas de várias marcas diferentes, incluindo de uso restrito no território nacional. Pelo crime, Brum foi preso em flagrante e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga.

Na unidade, o delegado plantonista decretou a liberdade do agente pelo crime mediante o pagamento de fiança no valor de R$ 3 mil. Brum não pagou e permaneceu em uma cela da delegacia até a audiência de custódia.

Nesta quinta-feira (14), o servidor foi ouvido e teve o valor reduzido para um salário mínimo. Brum pagou os R$ 954 e ganhou o direito de responder ao crime em liberdade, no entanto permaneceu preso pelo mandado de prisão expedido durante a Operação Paiol.

O motivo do mandado não foi divulgado pelo Gaeco, mas operação mirava integrantes responsáveis em armar o PCC (Primeiro Comando da Capital). A ação prendeu ainda Tânia Cristina Lima de Moura, 46 anos, era responsável pelas finanças da facção e mulher de José Cláudio Arantes, o Tio Arantes, Elvis Alves Pereira, 25 anos, e André da Silva Frotis, 26 anos.

O agente penitenciário estava lotado no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e em um ano foi transferido três vezes de unidades penais do Estado.

Ação nos presídios - A Operação Paiol, também cumpriu 16 mandados de prisão dentro de seis presídios. Um dos alvos foi José Cláudio Arantes, o Tio Arantes, apontado como um dos principais líderes da facção criminosa em Mato Grosso do Sul.

Foram expedidos ordens contra internos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o presídio de segurança máxima de Campo Grande, no Presídio Irmã Irma Zorzi (feminino da Capital), na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) - onde está Tio Arantes -, no Presídio Federal de Campo Grande e no Presídio de Amambai.

Tio Arantes cumpre pena em Dourados, por envolvimento em assalto a bancos em Campo Grande no ano passado, mas agora também vai responder por organização criminosa, tráfico de drogas, roubo, tráfico de armas e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações que começaram em 2017, Arantes continuava comandando crimes de dentro da penitenciária e dando ordens para as ações da facção, diz a promotora Cristiane Mourão, chefe do Gaeco. Durante todo o dia, no total foram cumpridos 27 mandados de prisão dentro da Operação Paiol.

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