Força-tarefa inicia retirada de cabos soltos no Centro de Campo Grande

Teve início, na noite desta quarta-feira (26), a força-tarefa que vai retirar fios irregulares no Centro de Campo Grande. Desta vez, a ação que reúne equipes da Agems (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos), Prefeitura e da concessionária Energisa percorre o quadrilátero entre Avenida Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras e age de forma conjunta por causa dos incidentes recentes e da proximidade das festas de fim de ano.

A reportagem do Campo Grande News acompanhou as três primeiras horas da ação, que foi iniciada pontualmente às 22h. As equipes avançam por ruas internas como 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju e Dom Aquino e seguem até 5h para evitar transtornos ao trânsito. O trabalho concentra a primeira etapa do Projeto Rede Limpa e atende pedido do município para dar celeridade à limpeza visual da região central.

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Ao todo, quatro equipes da Energisa trabalham na Calógeras, e outra equipe atua na 13 de Maio com apoio policial. As forças de segurança acompanham cada quadra para impedir que equipes não autorizadas acessem a área durante os trabalhos. Policiais da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), PM (Polícia Militar), GCM (Guarda Civil Metropolitana) e Defesa Civil fazem o suporte operacional.

A assessora da diretoria da Agems, Adriana Ortiz, afirma que o órgão articulou a união das equipes e deu prioridade ao trecho a pedido do município. “O Estado organizou e mediou o contato de todas as equipes que estão trabalhando aqui hoje”, diz Adriana. Ela explica que a Agência fiscaliza a energia elétrica por delegação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

“Nós já tínhamos uma fiscalização em andamento, iniciada em julho. Havia um plano de ação com a Energisa, mas o município nos procurou pela necessidade urgente deste quadrilátero”, afirma. “Essa região registrou muitos problemas com fios abandonados, então nasceu essa ação conjunta para dar mais efetividade antes do início das festividades de final de ano”, completa.

Para a reportagem, Adriana reforça que a operação foca em três tipos de retirada. “A ação vai atuar sobre fios clandestinos sem identificação, fios soltos e fios obsoletos”, explica. Ela afirma que equipes ostensivas foram chamadas por segurança. “Nós solicitamos apoio de várias instituições, e as que se prestaram a ajudar vieram. Esta região é um pouco mais sensível, e houve empresas que tentaram entrar durante os trabalhos, mesmo com aviso prévio às operadoras de telecomunicações”, diz.

Já o secretário da Sear (Secretaria Especial de Articulação Regional), Darci Caldo, afirma que a limpeza atende um pedido antigo. Ele afirma que o quadrilátero escolhido concentra a demanda mais urgente. “É uma determinação da Prefeitura, porque a população pede isso há muitos anos”, diz. Ele explica que o objetivo é iniciar no Centro e avançar para os bairros. “Os fios inativos e sem tarja serão retirados, e os fios identificados pelas operadoras serão mantidos”, afirma. Ele explica que a ação também prepara a cidade para o Natal. “A abertura do Natal será no dia 29, então esta faxina é um presente para Campo Grande”, completa.

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O secretário afirma que a fiação subterrânea é uma etapa futura. “Seria o ideal, mas é outra etapa”, discorre. Ele explica que mais de 144 operadoras usam os postes e que a troca de tecnologia deverá reduzir a quantidade de cabos. “Agora precisamos entregar uma resposta imediata para a população”, completa.

Entre os representantes do povo, o vereador Landmark Rios (PT) afirma que o Legislativo cobrou providências desde o primeiro ano da legislatura. “Provocamos todos os órgãos responsáveis pela zeladoria da cidade, e hoje todos estão aqui”, afirma. “Já houve acidentes envolvendo fotógrafos e trabalhadores, e essa massaroca representa risco real”, diz o vereador. Ele explica que fios sem identificação serão retirados. “Somente empresas com contrato com a Energisa podem manter cabos instalados”, pontua.

Já o parlamentar André Salineiro (PL) afirma que a ação dá início à aplicação prática da lei municipal 348, sancionada em 2019. “Foram anos de insistência, e só agora começamos a ver os frutos”, diz. Ele explica o impacto da fiação irregular. “Os fios soltos estragam o visual e colocam as pessoas em perigo. Já tivemos diversos acidentes graves”, afirma. Ele detalha os prazos previstos pela legislação. “Quando não há risco, o prazo é de até 150 dias. Quando há risco, o prazo é de até 24 horas”, diz.

O vereador afirma que ainda falta regulamentação. “A lei não foi regulamentada, então ainda não há como punir. Estou entrando com um projeto de lei complementar para resolver isso”, informa. Ele diz que, por enquanto, as denúncias chegam pela Ouvidoria da Energisa e pelo seu gabinete. “Recebemos casos diariamente e repassamos para correção imediata”, finaliza.

Vai precisar passar pelo Centro? Veja abaixo o mapa de ruas e avenidas interditadas para a operação, que segue até às 5h.

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