Governo espera que promessa de Marun possa abrir unidade do trauma
Ministro tem intercedido no repasse de R$ 6,2 milhões para custeio
Integrantes do governo estadual aguardam o cumprimento de promessa do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, de repasse de R$ 6,2 milhões para operação da unidade do trauma da Santa Casa de Campo Grande. Inaugurada há quatro meses, a estrutura tem previsto para essa semana somente o uso de uma enfermaria.
Caso foi relembrado em agenda pública, neste domingo (1º), pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito Marquinhos Trad (PSD). Ambos relataram ter concluído exigências do governo federal e agora contam com a intervenção de Marun para que se conclua a transferência adicional de recursos, ainda nessa semana, mas prometida em março pelo ministro da Saúde à época, Ricardo Barros. "Marun se prontificou a liberar", declarou Azambuja, confiante de que a unidade comece a operar ainda neste mês.
O secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Coimbra, explicou que a negociação teve sucesso durante sua visita ao ministro, na semana passada, em Brasília (DF). "Tão logo o dinheiro entre [na conta do hospital] começam os atendimentos", destacou Coimbra.
Somado ao repasse federal, outros R$ 3,9 milhões devem ser transferidos pelo governo estadual e a Prefeitura de Campo Grande para manutenção dos serviços de média e alta complexidade em ortopedia voltados, voltados a pacientes politraumatizados.
Presidente da ABCG (Associação Beneficente Campo Grande), Esacheu Nascimento havia adiantado que pelo menos 30 pacientes serão transferidos para a enfermaria da unidade do trauma a partir de segunda-feira (2). Objetivo consiste em ocupar o novo espaço enquanto o repasse federal não sai, liberando assim leitos para o atendimento de outras especialidades.
Mediante o envio de recursos adicionais, uma vez que o contrato com a Santa Casa é único, o financiamento de custeio passará de R$ 19,4 milhões para R$ 29,5 milhões mensais.
Unidade - Anexo a Santa Casa, o Hospital do Trauma teve obras retomadas em junho de 2016. Foram quase 20 anos até que sua estrutura fosse concluída para oferta de 100 leitos de internação, 10 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), cinco salas cirúrgicas, duas para pequenos procedimentos, três para observação com 15 leitos, além de outras dedicadas a odontologia, radiologia, fisioterapia, reabilitação e consultórios. Existe ainda uma área para recebimento de ambulâncias e estacionamento.
"Nossa parte nós fizemos", declarou Esacheu Nascimento, que pontuou estarem prontas a operar as salas cirúrgicas, leitos de observação e UTI. Há, em paralelo, demanda também para a compra de novo equipamento de raio-X e tomografia, mas isso não deve afetar as operações, uma vez que o setor de imagem já existente na Santa Casa será utilizado até a compra dos mesmos por meio de convênio com o Ministério da Saúde.