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Capital

Greve a partir de segunda ameaça deixar 13 mil crianças sem creche

Aline dos Santos e Leonardo Rocha | 09/05/2014 11:34
Segundo prefeito, ainda há tentativa de acordo com funcionários terceirizados. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo prefeito, ainda há tentativa de acordo com funcionários terceirizados. (Foto: Marcos Ermínio)

Prevista para começar na próxima segunda-feira, a greve de funcionários da Omep (Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) deve deixar 13 mil crianças sem aulas nos 96 Ceinfs (Centro de Educação Infantil) de Campo Grande. As duas entidades têm convênio com a Prefeitura.

Os 1.900 funcionários terceirizados cobram reajuste de 20%, auxílio-alimentação de R$ 220 e plano de saúde. Eles também exigem que seja cumprida a licença-maternidade de seis meses, definida no acordo de 2013.

Segundo a presidente do Senalba/MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul ), Maria Joana Barreto Pereira, foi oferecido reajuste de 7%. “A indignação é porque não fizeram contraproposta”, diz. A categoria fará mobilização no dia 12 na Praça do Rádio, a partir das 8h.

Nos Ceinfs, também trabalham 294 servidores do governo do Estado e 123 concursados da Prefeitura. No entanto, por falta de condições de trabalho, os 417 devem paralisar as atividades.

Enquanto os terceirizados ainda pressionam por reajuste, os servidores municipais terão reajuste de 8%, cartão alimentação e a jornada reduzida de oito para seis horas diárias. Conforme o sindicato, atualmente os atendentes de berçários, recreadores e educadores recebem R$ 891,91, os auxiliares administrativos R$ 757,40, auxiliares de serviços gerais e cozinheiras R$ 725,50.

O contrato entre a Prefeitura e as entidades vai até outubro do ano que vem. O Ministério Público cobra a realização de concurso público.

Nesta sexta-feira, o prefeito Gilmar Olarte (PP) afirmou que busca acordo para que as crianças não fiquem desassistidas. “Essa greve é de alguns funcionários terceirizados de Ceinfs. Nós discutimos 7% de reajuste, aumentou para 8%. Estamos buscando o entendimento. Não sabemos quais são os motivos para essa ação”, declarou.

Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura, negociação salarial garantiu reajuste de 8% para quem recebe até mil reais e 7% para quem ganha acima desse valor. O reajuste é efetivado por meio de convênio com a Omep e Seleta.

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