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Capital

Idosa de 73 anos é uma das pessoas presas em operação do Gaeco

Nadyenka Castro | 09/05/2012 17:30

Ação deflagrada nesta quarta-feira apreendeu diversas máquinas de músicas em comércios de Campo Grande

Máquinas apreendidas foram levadas para a sede do Gaeco. (Foto: João Garrigó)
Máquinas apreendidas foram levadas para a sede do Gaeco. (Foto: João Garrigó)

Entre as diversas pessoas presas nesta quarta-feira, em Campo Grande, na operação Orfeu, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), está uma idosa de 73 anos.

Na danceteria da idosa, localizada no Jardim Colúmbia, região Norte da Capital, foram apreendidas duas máquinas de jukebox. O ponto foi um dos diversos locais que policiais estiveram hoje.

Houve apreensões em diferentes bairros. “Foram no meu bar na Moreninha, de outra pessoa no José Abrão, no Nova Lima”, conta uma mulher que não quis se identificar.

Ela, as filhas da idosa, que também preferiram não dizer o nome, e a empresária Janine W. Pereira, 40 anos, explicam que os policiais verificavam se nas máquinas havia um selo que autoriza o funcionamento do equipamento.

As máquinas que estavam sem o selo eram apreendidas. Houve apreensão de pelo menos 50 equipamentos e prisão de aproximadamente 30 pessoas.

Conforme Janine, o selo é emitido por duas associações com sede em São Paulo, mediante pagamento. “Eles cobram valor por máquina e também mensal”, diz.

A empresa de Janine e do marido produz os caixotes de madeira das máquinas. Por isso, o homem foi levado à sede do Gaeco. Segundo ela, ele deve ser ouvido e liberado.

Filha da idosa, uma mulher de 55 anos, fala que a mãe tem a danceteria há mais de 30 anos no mesmo local e tem alvará de funcionamento expedido pela Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social). A dona de um bar na Moreninha também disse que tinha a autorização.

O delegado da Deops, Antonio Silvano Rodrigues Mota, explica que os alvarás são emitidos de acordo com a tabela de autorizações de serviços. As máquinas de jukebox se encaixam no grupo de diversão pública, no item diversão eletrônica. “É similar à situação dos fliperamas”, diz.

Como funciona- A comerciante da Moreninha conta que abriu o bar há seis meses e desde então trabalha com as máquinas. Ela conta que uma pessoa passou lá oferecendo e ela topou.

A mulher explica que o jukebox funciona assim: a pessoa coloca R$ 2 na máquina e pode escolher duas músicas para ouvir. Se quiser ouvir mais, tem que colocar mais R$ 2.

O lucro do comerciante varia de 30 a 40% do faturamento total do equipamento. Periodicamente, uma pessoa passa para recolher o dinheiro da máquina e pagar ao responsável pelo comércio. “Nunca é a mesma pessoa. Cada vez é uma pessoa diferente. A gente não sabe quem é”, afirma a mulher.

A operação - A ação é denominada Orfeu e tem apoio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais e Agência de Inteligência da Polícia Militar.

De acordo com divulgado pela assessoria de imprensa do MPE (Ministério Público Estadual), o promotor de Justiça responsável pela operação, Marcos Alex de Oliveira, os números referentes às apreensões serão divulgados nesta quinta-feira à tarde.

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