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Capital

Imagens aéreas mostram dimensão do drama causado por incêndio no Mandela

Cerca de 60% dos barracos foram consumidos pelas chamas, segundo o Corpo de Bombeiros

Por Gustavo Bonotto | 16/11/2023 21:14

Imagens aéreas registradas pelo fotógrafo Edilson Figueredo mostram o que sobrou após um incêndio de causa desconhecida atingir a Comunidade do Mandela, situada no Bairro Coronel Antonino, na manhã desta quinta-feira (16), em Campo Grande.

Com o uso de um drone, foi possível capturar toda a movimentação no local, assim como o espaço consumido pelas chamas. Entre as cenas, moradores se agrupam para recuperar móveis e até materiais utilizados como estrutura dos barracos.

Conforme noticiado, equipes do Corpo de Bombeiros trabalharam no local e utilizaram mais de 40 mil litros de água. Cerca de 60% dos barracos foram atingidos pelas chamas. Em pânico, vizinhos fizeram uma corrente para ajudar a controlar as chamas e tentar apagá-las com baldes.

O fogo se espalhou rápido, porque os barracos são colados um no outro, feitos com madeira, compensado, materiais de fácil combustão, explicou a líder da comunidade, Greicielle Nayara, de 29 anos.

Morador busca materiais de construção que restaram após incêndio na favela do Mandela (Foto: Juliano Almeida)
Morador busca materiais de construção que restaram após incêndio na favela do Mandela (Foto: Juliano Almeida)

As famílias aguardavam a remoção para um conjunto habitacional, com previsão de entrega no ano que vem pela Prefeitura, mas sonho ficou adiado porque, após escolher o terreno, a cerca de dois quilômetros dali, foi necessário iniciar o processo de licenciamento ambiental, por se tratar de área vizinha às nascentes do Segredo.

O plano emergencial divulgado pela prefeitura estabelece que os desabrigados serão inicialmente acolhidos no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) da região. Posteriormente, as famílias serão incluídas no programa de “Aluguel Social”, visando garantir condições de moradia temporária.

Alguns moradores já estão empenhados na reconstrução de suas casas, mesmo diante das perdas irreparáveis causadas pelo fogo. Um deles é Robert Ryan, de 23 anos, que mora há 8 anos no Mandela.

"Na hora do incêndio, consegui salvar alguns móveis, como geladeira e fogão. Só que muita coisa foi perdida. Agora estou construindo um quartinho para passar a noite pelo menos, utilizando telhas que conseguimos recuperar para criar uma cobertura."

Já Diana Marimar, de 28 anos, enfrenta uma situação mais desafiadora, pois teve perda total de sua casa de alvenaria. Com três filhos de 8, 5 e 3 anos, ela relatou que não estava na residência durante o começo do incêndio.

“Eu estava trabalhando e minhas crianças estavam na creche, quando o incêndio começou. Nem tô acreditando que minha casa está toda destruída. Quando cheguei aqui, o fogo já estava perto da minha casa, então não consegui salvar nada", finalizou

Morador em meio aos destroços de sua antiga residência (Foto: Juliano Almeida)
Morador em meio aos destroços de sua antiga residência (Foto: Juliano Almeida)

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