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Capital

Indígenas aguardam resposta de lideranças em Brasília para liberar rodovia

Os 34 presidentes de distritos sanitários indígenas do país estão reunidos com representantes do Ministério da Saúde, afirma Cacique de MS

Liniker Ribeiro | 06/03/2018 10:37
Indígenas usaram galhos de árvores e atearam fogo em pneus em trecho bloqueado (Foto: Marcos Ermínio)
Indígenas usaram galhos de árvores e atearam fogo em pneus em trecho bloqueado (Foto: Marcos Ermínio)

A interdição no km 496 da rodovia BR-163, realizada desde a madrugada desta terça-feira (6), em Campo Grande, depende do resultado de um encontro entre lideranças indígenas e representantes do Ministério da Saúde, em Brasília, para chegar ao fim.

O grupo de aproximadamente 120 pessoas protesta contra as mudanças previstas no sistema de administração do sistema de saúde indígena, impostas por editais lançados pelo Governo Federal para contratação de uma ONG que administrará o recrutamento de profissionais em postos de saúde de aldeias indígenas.

Segundo um dos líderes da ação desta manhã, o cacique Marcelo Ofaye, os 34 presidentes de lideranças ligadas a saúde indígena do país participam da reunião com representantes do Ministério da Saúde e da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). De acordo com ele, o encontro deve chegar ao fim até o início da tarde.

Bloqueio - Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os carros são liberados de forma aleatória e sem um tempo estipulado, conforme negociação com os manifestantes. Até às 9h40, o bloqueio provocava um congestionamento de aproximadamente 5 quilômetros em cada lado da pista.

Apenas ambulâncias e veículos que transportam passageiros do interior para consultas e exames de urgência até a Capital estão sendo liberados a qualquer momento. Os índios colocaram paus, galhos de árvores e atearam fogo em pneus na pista, bloqueando os dois sentidos da via. O movimento acontece também nos municípios de Amambai, Tacuru e Caarapó.

Reivindicação - A principal causa do protesto são as mudanças previstas pelo Governo Federal e defendidas pelo atual secretário da Sesai, Marco Toccolini. Com placas, os indígenas pedem a saída e Toccolini e a suspensão do chamamento público que prevê a contratação de uma ONG para realizar os trabalhos atualmente realizados pela Missão Evangélica Caiuá, que fica em Dourados, e atende 19 distritos.

Com placas, manifestantes mostram descontentamento com mudanças previsto pelo Governo (Foto: Marcos Ermínio)
Com placas, manifestantes mostram descontentamento com mudanças previsto pelo Governo (Foto: Marcos Ermínio)
Congestionamento chega a 5 quilômetros em cada lado da pista (Foto: Liniker Ribeiro)
Congestionamento chega a 5 quilômetros em cada lado da pista (Foto: Liniker Ribeiro)
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