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Insegurança é constante, dizem comerciantes onde ladrão morreu

Há um mês ladrões tentam entrar em lojas na Rua Souto Maior, no Jardim Tijuca, em Campo Grande

Por Bruna Marques e Antonio Bispo | 08/03/2024 09:54
Adriana e Johnatan durante entrevista em frente ao estúdio, na manhã desta sexta-feira (8) (Foto: Henrique Kawaminami)
Adriana e Johnatan durante entrevista em frente ao estúdio, na manhã desta sexta-feira (8) (Foto: Henrique Kawaminami)

A insegurança de comerciantes da Rua Souto Maior, no Jardim Tijuca, em Campo Grande, onde ladrão de 38 anos morreu, na madrugada desta sexta-feira (8), é constante. Mesmo protegendo suas lojas com correntes e cadeados, os empresários não conseguem trabalhar em paz e temem voltarem para suas casas no fim do dia e ser vítima de furto.

A empresária Adriana Gamarra Coimbra, 27 anos, proprietária de um estúdio onde faz unhas, foi a vítima da vez. Durante a madrugada, o ladrão estourou os cadeados que ficam na porta, mas foi flagrado e imobilizado por outras pessoas. No momento em que percebeu que seria preso, passou a bater a cabeça no chão e morreu.

“Eu não esperava e não sabia tudo que tinha acontecido, mas isso é um absurdo porque agora vamos ter o prejuízo de comprar cadeados novos e as correntes que acabaram sumindo. Só nisso aí vai ser um gasto de pelo menos R$ 400 porque cada cadeado custa R$ 50 e as correntes R$ 75”, explicou.

De acordo com a empresária, o estúdio já havia sido alvo de ladrões no dia 28 de fevereiro. Segundo ela, na época, não conseguiram entrar e depois disso, precisou investir ainda mais na segurança. “Depois dessa tentativa colocamos mais dois cadeados e duas correntes, isso porque a porta tinha fechadura tetra e cadeados na grade”, revelou.

Adriana disse que o ladrão que morreu andava na companhia de outro homem e que os dois já estavam tentando entrar nas lojas da rua há um mês. O marido da empresária, o marceneiro Johnatan Nunes, 27 anos, disse que em outras situações a polícia já foi chamada, mas como muitas vezes era só crime de tentativa de furto, os suspeitos não eram presos.

Cadeados que foram estourados pelo ladrão (Foto: Henrique Kawaminami)
Cadeados que foram estourados pelo ladrão (Foto: Henrique Kawaminami)

“Isso é bastante ruim porque minha esposa vive insegura para trabalhar, quando tá em casa não sabe se vão entrar aqui a qualquer hora e isso mexe com o psicológico”, expôs.

O proprietário de um pet shop também localizado na Rua Souto Maior, Mozart Ribeiro, 33 anos, informou a reportagem que há duas semanas ladrões tentaram entrar em seu comércio. Segundo ele, todo cuidado é pouco para não ser vítima. “Aqui não pode dar bobeira, não pode deixar celular dando sopa no balcão ou esquecer de colocar os cadeados na porta durante a madrugada”, informou.

Segundo o empresário, todos os suspeitos dos furtos são usuários de drogas que circulam pela região, carregando ferramentas. “Eles aproveitam qualquer oportunidade para tentar entrar nos estabelecimentos”, finalizou.

Câmera de segurança de um comércio da região registrou o momento em que um homem vestindo short, camiseta preta, boné, tênis e com uma mochila nas costas, para em frente a uma loja e com facilidade abre a porta e pega alguns pares de sapatos.

A impressão que dá é que a porta da loja estava apenas encostada. O ladrão não precisou usar o objeto que carregava nas mãos para forçar a fechadura. Os itens foram furtados pela grade que protege a porta.

Morte – O ladrão morreu na madrugada de hoje, após bater a cabeça contra o chão várias vezes. Ele surtou ao ser flagrado invadindo a loja e saber que seria preso. Contudo, as circunstâncias serão investigadas pela polícia.

O boletim de ocorrência discorre que o suspeito estourou o cadeado de uma loja de estética, que fica na Rua Souto Maior, mas foi flagrado e imobilizado por outras pessoas. Naquele momento, começou a se debater com medo de ser preso. Testemunhas dizem que o homem estava aparentemente sob efeito de drogas.

Na sequência, a Polícia Militar chegou e presenciou o homem se debatendo. Ele se alterou mais ainda ao ver a polícia, sendo que acabou imobilizado e algemado. Colocado dentro da viatura, o suspeito foi encaminhado para unidade de saúde do Bairro Coophavila, porque não havia viatura de socorro disponível no momento.

Na unidade de saúde, foi constatada a morte do homem. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol, como "morte a esclarecer".

Vítima de tentativa de furto mostrando fechadura danificada (Foto: Henrique Kawaminami)
Vítima de tentativa de furto mostrando fechadura danificada (Foto: Henrique Kawaminami)

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