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Capital

Invasores de terreno da Homex protestam por apoio à compra de área

Governador Reinaldo Azambuja comprometeu-se a discutir assunto com o prefeito Marquinhos Trad, segundo nota divulgada

Danielle Valentim e Bruna Kaspary | 21/08/2018 09:45
Invasora de terreno ajoelha-se em frente à governadoria para pedir regularização da situação em área que era de construtora mexicana (Foto: Henrique Kawaminami)
Invasora de terreno ajoelha-se em frente à governadoria para pedir regularização da situação em área que era de construtora mexicana (Foto: Henrique Kawaminami)

Grupo de 350 moradores de invasão, no Jardim Centro Oeste, na região sul de Campo Grande, foi até o Parque dos Poderes na manhã desta terça-feira (21) pedir que o governo do Estado apoie a Prefeitura na compra da área, que fica ao lado de conjunto habitacional construído pela Homex, empresa mexicana que abandonou o empreendimento. No último dia 10 de agosto, as famílias receberam notificação de desocupação da área, depois que a Justiça concedeu nova liminar de reintegração à massa falida da empresa.

As famílias chegaram em carros, bicicletas e mais seis ônibus. Dois representantes do grupo, Wilson Vasques e Valdirene Vieira, montaram uma comissão para conversar com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). No entanto, com o chefe do Executivo em viagem, a dupla se reuniu como secretário de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.

A conversa, segundo eles, foi positiva já que o governo mostrou desejo em apoiar e em agendar uma reunião com o governador. Os representantes reiteram o compromisso da Prefeitura em ajudá-los e elogiam a derrubada de casas vazias, no último dia 13 de agosto.

“As casa demolidas na semana passada, eram imóveis inabitados e nossa luta é por quem está morando lá. A postura da prefeitura foi correta em cadastrar os moradores na Emha”, disse Valdirene. “Queremos moradia e assistência social”, completou Wilson.

A moradora Cristiane Rodrigues também estava na governadoria. Ela pontua que na situação em que se encontram, a assistência social nem chega aos barracos.

“Moro lá há 1 ano e 9 meses na área depois que os preços dos remédios da minha companheira nos obrigaram a ir para lá. Cada cartela era R$ 300. Todas as vezes que precisei levar minha companheira para uma unidade de saúde, nem mesmo a ambulância chegava lá. Somente após a morte dela, no ano passado, eles estão começando a entrar na comunidade para assistência”, disse.

Resposta - Por meio de nota, o Governo do Estado informou que será parceiro e apoiará todas as decisões da prefeitura de Campo Grande em relação a situação dos moradores da área invadida ao lado do Condomínio Varandas do Campo, que pertence a massa falida da construtora mexicana Homex.

Em reunião com a comissão de moradores, o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, garantiu que “o governo apoiará integralmente” a medida deliberada pelo município em busca de uma melhor solução para o caso.

“É uma discussão da prefeitura, que negocia um acordo com a construtora, e o Governo do Estado está pronto para apoiar e encontrar o melhor termo para atender as famílias que ocupam a área”, disse o secretário aos representantes do movimento.

Riedel também garantiu que o governador Reinaldo Azambuja se comprometeu em discutir o assunto com o prefeito Marcos Trad.

 

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