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Capital

Investigado por assaltar fardado, ex-PM voltou à prisão por dirigir bêbado

Há 13 anos, Hemerson foi investigado pelo Garras por pelo menos 14 assaltos em Campo Grande

Geisy Garnes | 27/07/2021 14:52
Hemerson foi preso na madrugada de ontem, na Vila Piratininga (Foto: Reprodução Facebook)
Hemerson foi preso na madrugada de ontem, na Vila Piratininga (Foto: Reprodução Facebook)

Investigado pelo envolvimento em uma série de assaltos em Campo Grande entre 2007 e 2008, Hemerson Raimundo Campos, de 41 anos, voltou à prisão após dirigir bêbado e tentar fugir de policiais do Batalhão de Choque na Vila Piratininga. Na época, ele integrava o quadro de servidores da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e cometia crimes fardado.

O novo flagrante aconteceu na madrugada de ontem, na Rua General Alcoforado. Policiais do Choque realizavam rondas pelo bairro e se aproximaram do grupo reunido na via. Hemerson estava entre eles, dentro de um Chevrolet Corsa estacionado. Assim que viu a viatura, no entanto, ligou o veículo e tentou fugir. Não conseguiu.

Ele foi abordado pelos militares. O motorista estava visivelmente bêbado e agressivo. Desobedeceu às ordens dos policiais e chegou a tentar fugir, voltou para o carro e dirigiu alguns metros, até ser novamente detido. Acabou preso em flagrante por desobediência e embriaguez ao volante.

Ao checarem o nome de Hemerson, os militares descobriram que ele era ex-policial militar e tinha uma extensa ficha criminal: tentativa de homicídio, disparo de arma de fogo, posse ou porte ilegal de arma de uso restrito, desobediência, direção perigosa, violação de domicílio, lesão corporal dolosa, ameaça e violência domestíca.

Na lista de crimes do ex-policial militar também há acusações de roubo. Em 2008, quando ainda trabalhava na corporação, foi investigado pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) por integrar uma quadrilha responsável por vários roubos em Campo Grande.

Foram pelo menos 14 assaltos cometidos pelo grupo. Em um deles, Hemerson rendeu seguranças de uma transportadora de valores ainda fardado. Com o uniforme da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, entrou na empresa no centro da cidade com dois comparsas e fugiu com dinheiro.

Também foi apontado como autor do roubo a dois postos de combustíveis, um deles invadido duas vezes e ainda como mandante do assalto a uma lotérica. Segundo divulgado pela polícia na época, ele fornecia armas, tava apoio aos comparsas e planejava os crimes. Até as pistolas usados pelo grupo pertenciam a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul.

Nos mesmo ano em que foi preso pelos roubos, tentou matar um "colega" na Vila Piratininga. Após discussão em um churrasco, perseguiu, atirou e espancou a vítima com ajuda de um comparsa. Ele acabou condenado pelo crime de tentativa de homicídio.

Não fui eu - Nesta segunda-feira Hemerson negou toda a história relatada pelos policiais. Na versão dele, a namorada dirigia do Corsa quando foram parados pelos militares do Batalhão de Choque. Havia, afirmou, acabado de chegar em casa e em momento nenhum tentou fugir.

Na delegacia confessou apenas já ter sido preso várias vezes e que ainda responde aos processos criminais. Nesta manhã, o ex-policial passou por audiência de custódia no Fórum de Campo Grande e ganhou a liberdade. Para isso, no entanto, vai precisar permanecer em casa durante a noite.

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