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Capital

Jovem morta no Aero Rancho foi sepultada sob barulho de motos

"Karolzinha" foi assassinada ontem, na porta de casa

Ângela Kempfer | 02/09/2020 18:32


Com muito barulho de motos e gritos de "Karolzinha", amigos sepultaram Carolina Leandro Souto, de 23 anos, assassinada com 4 tiros na manhã de ontem (1) na frente de casa, no Bairro Aero Rancho.

O cemitério Memorial Parque ficou lotado de parentes e amigos. Para homenagear a jovem, houve até manobras com motocicletas, além de muitas palmas sob os gritos "Karolzinha".

A família proibiu a entrada da imprensa durante o velório na tarde de ontem, mas nesta quarta-feira, alguns vídeos passaram a ser compartilhados no Whatsapp, assim como textos de revolta, principalmente, pelo fato do nome de Carolina ser ligado ao PCC e a suspeita de que o crime foi passional, por envolvimento da vítima com homem recém separado.

"O problema é que as pessoas andam falando, julgando e criticando demais, mas sabendo de menos, pensão antes de julgar uma pessoa que não está mais aqui para se defender #PROCURAM_SABER_QUEM_ELA_REALMENTE_ERA. Além de ser amiga, irmã era companheira em todos os momentos (sic)", postou uma amiga no Facebook.

Dias antes de ser morta, Carolina fez um post de luto para Cleyton dos Santos Medeiros, 30 anos, conhecido como “G7” ou “Doido”, morto em confronto com policiais durante a Operação Regresso, deflagrada na última sexta-feira (28), em Campo Grande.

“Logo você em neguinho puts cleitinho como te chamava (sic)”, lamentou a jovem ao compartilhar nas redes sociais uma das notícias sobre o caso.

Conforme a investigação, o rapaz exercia a função de “sintonia geral do progresso” do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul, ou seja, era o “responsável pelo gerenciamento das atividades criminosas que geram lucro à facção criminosa”. Era considerado “extremamente perigoso”.

Na manhã de hoje, o delegado Gustavo de Oliveira Bueno Vieira, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, ouviu mais testemunhas do caso.

A principal suspeita pelo assassinato é Nayara Francine Nóbrega dos Santos, 22 anos, que mora na rua da casa de Carolina, mas sumiu após o crime.

"Trabalhamos com várias linhas de investigação e uma delas é o crime passional. Estamos coletando todas as informações possíveis para saber o que tem por trás desse crime, a motivação e se tem mais alguém envolvido", disse o delegado.

Carolina estava sentada com as amigas em frente da casa onde vivia, na Rua Independente, quando foi baleada por quatro tiros. Os disparos atingiram o rosto da vítima, próximo ao olho esquerdo, abdômen, ombro e coxa.

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