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Capital

Juiz acata pedido e réu por morte de Mayara fará teste de insanidade mental

Musicista foi assassinada em julho do ano passado. Desde então a defesa tenta que Luíz Alberto, réu confesso do crime, passe por exames

Geisy Garnes e Izabela Sanchez | 17/07/2018 18:00
Luís Alberto está preso desde julho do ano passado (Foto: Arquivo)
Luís Alberto está preso desde julho do ano passado (Foto: Arquivo)

Luís Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos - réu confesso do assassinato da musicista Mayara Amaral - será submetido a exames de insanidade mental. Há poucos dias de completar um ano do crime, o juiz responsável pela 2ª Vara do Tribunal do Júri acatou o pedido da defesa e designou um perito para realizar os exames.

A decisão foi assinada pela juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, que assumiu a 2ª Vara durante as férias do juiz responsável pelo caso, Aluizio Pereira dos Santos. Segundo o advogado Conrado de Souza Passos, o magistrado levou em consideração documentos médicos apresentados pela defesa que comprovaram que “Luís não estava bem”.

Ainda conforme o advogado, dias antes da decisão a família havia pedido a internação do rapaz na Clínica Carandá. A reportagem, Conrado ainda lembrou da existência de exames feitos no Hospital El Kadri com data anterior ao crime que mostram a instabilidade emocional de Luís.

No documento, o juiz ainda designou o perito Rodrigo Ferreira Abdo para fazer os exames. “Agora ele pode ser considerado inimputável, quando não cabe pena ao autor, ou semi-imputável, quando há de redução de pena. O perito ainda pode indicar um tratamento para o paciente”, explicou Conrado.

Segundo a defesa, Luís estava sob efeito de drogas no momento em que cometeu o crime e sobre crises de abstinência constantes no presídio. Desde agosto do ano passado o advogado de réu tenta junto ao juiz a liberação para que o exame de insanidade mental seja feito.

Mayara Amaral foi morta a golpe de martelo no dia 25 de julho do ano passado. Dois dias depois Luís foi preso e o caso enviado à justiça. Foi então que uma verdadeira batalha para decidir por qual crime o autor seria julgado começou. No dia 15 de maio veio a decisão, o suspeito seria julgado por homicídio duplamente qualificado. A primeira audiência do caso aconteceu no início deste mês e ouviu testemunhas de acusação.

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