Juiz põe em liberdade agente penitenciário que matou pedreiro
Joseilton de Souza Cardoso, 34 anos estava preso desde o dia 24 do mês passado, quando o crime ocorreu, durante um show
A Justiça concedeu liberdade provisória para o agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso, 34 anos, nesta terça-feira (10). Entretanto, mesmo de volta as ruas, o agente não poderá usar arma de fogo até o final do julgamento.
Ele matou o pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, durante show no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, no dia 24 do mês passado, mesma data que foi preso.
A decisão é do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que considerou que o agente possui residência fixa, trabalho lícito e tem bons antecedentes criminais.
Além disso, o juiz também observou que “não há notícia de comoção ou temor por parte de familiares, bem como não há indícios de que o requerente [Joseilton] seja pessoa agressiva ou possa vir a agredir ou ameaçar possíveis testemunhas”.
No entanto, ficou estabelecido, que o agente não poderá usar arma até o fim do julgamento e também terá que comparecer em juízo até o dia 5 de cada mês, para comprovar residência fixa e trabalho e atividade lícita.
Defesa – De acordo com o advogado, José Roberto Rodrigues da Rosa, não há nenhuma restrição administrativa que impeça o agente de ocupar um cargo administrativo considerando que ele teve o direito de usar arma suspenso. "Ele pode retornar ao serviço normal", frisou.
Tiro - Joseilton foi preso em flagrante logo depois do crime e disse que agiu em legítima defesa. A pistola ponto 40 usada por ele foi apreendida.
A família da vítima e os amigos do agente dão versões diferentes sobre o caso e o motivo do desentendimento não foi revelado. A situação que resultou em crime tem a versão de que o pedreiro foi ajudar o agente, que passava mal perto do banheiro químico; outra narrativa dá conta que a confusão começou porque a fila foi “furada” e o agente reprimiu a conduta, sendo agredido a socos.
O delegado Reginaldo Salomão, que atendeu o caso no domingo, relatou que o agente justificou o disparo como "ato de memória muscular", uma reação automática devido aos treinamentos realizados na academia para reprimir agressões.
O agente penitenciário contou à polícia que a intenção era deixar a arma no carro, mas como não conseguiu vaga de estacionamento dentro do shopping, teve que entrar com a pistola no show.