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Capital

Justiça aceita denúncia contra chefão do PCC e bando de traficantes

Rafael Ribeiro | 30/05/2017 08:47
Ex-chefão do PCC, Gerson Palermo teve a denúncia do MPF aceita pela Justiça na última segunda-feira (Foto: André Bittar)
Ex-chefão do PCC, Gerson Palermo teve a denúncia do MPF aceita pela Justiça na última segunda-feira (Foto: André Bittar)

A Justiça Federal aceitou denúncia do MPF (Ministério Público Federal) de Mato Grosso do Sul contra dez pessoas presas e outras sete investigadas pela Polícia Federal durante a Operação All In, deflagrada em março deste ano para coibir o tráfico internacional de drogas entre Brasil e Bolívia.

O principal dos nomes é o de Gerson Palermo, 59 anos, líder da quadrilha e ex-líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado, preso durante a operação. Assim como os comparsas, ele foi indiciado por tráfico internacional, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, a quadrilha realizava o transporte aéreo de entorpecentes da Bolívia até o interior do Paraná, por meio de uma pista de pouso em Corumbá (a 419 km de Campo Grande).

As drogas seguiam, então, de caminhão para estados do sul e sudeste do país, onde eram distribuídas. Em duas apreensões feitas pela PF, mais de 810 quilos de cocaína foram encontrados com os criminosos.

Para lavar o dinheiro oriundo do tráfico, a organização criminosa utilizava nomes de ‘laranjas’ ou ‘testas de ferro’ para movimentar contas bancárias e transferir a posse dos veículos utilizados no transporte das drogas.

Caminhões, carretas, carros de passeio, moto e até aeronaves foram registradas em nome de terceiros para ocultar o lucro das drogas. De acordo com as investigações, ao menos 21 vezes, de abril de 2016 a março de 2017, dinheiro oriundo do tráfico foi lavado pela quadrilha.

Na denúncia recebida pela Justiça, além da condenação criminal dos réus, o Ministério Público pede o perdimento de 22 veículos, quatro aeronaves e três imóveis utilizados em proveito do tráfico, um total de aproximadamente R$ 7,5 milhões em bens, que tem o processo de leilão judicial já encaminhado.

Dos 17 denunciados, os dez já presos estão divididos em penitenciárias de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.

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