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Capital

Livre de 5 mil roubos, ônibus aposta em segurança na disputa com aplicativo

Até 2011, a média era de 60 assaltos por mês no transporte urbano de Campo Grande

Aline dos Santos | 24/06/2019 11:32
"Cadeirante sai de casa e tem certeza que vai tomar um ônibus com elevador", diz Rezende, sobre acessibilidade. (Foto: Marina Pacheco)
"Cadeirante sai de casa e tem certeza que vai tomar um ônibus com elevador", diz Rezende, sobre acessibilidade. (Foto: Marina Pacheco)

Pressionado pela mobilidade por meio de aplicativos, o transporte coletivo urbano aposta na segurança, acessibilidade e em números que mostram que se livrou de 5.040 roubos nos últimos sete anos.

“De 2012 para cá, tiramos o pagamento em dinheiro dos ônibus, numa atitude bastante ousada e com apoio da sociedade. Imagina se não tivéssemos tomado essa atitude”, afirma o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende.

Segundo ele, a média era de 60 assaltos por mês. “Em sete anos, são cinco mil assaltos. São cinco mil oportunidade de alguém ser ferido gravemente ou até morto. Porque assalto é uma cena de alto risco. Também tínhamos um número expressivo de motoristas que se afastavam por depressão e síndrome do pânico”, diz.

O presidente do Consórcio Guaicurus destaca acessibilidade, com elevadores em todos os ônibus, qualificação da mão de obra e abrangência do serviço: os ônibus percorrem 100 mil quilômetros por dia.

cadeirante sai de casa e tem certeza que vai tomar um ônibus com elevador. Confesso que sinto até orgulho de ver que o transporte pode melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência tão severa”, diz.

A avaliação é de que os aplicativos levam vantagem no quesito rapidez. “Com certeza, os aplicativos estão alterando a nossa dinâmica. O transporte de ônibus oferece segurança, mas para oferecer pontualidade e rapidez, precisa de faixa exclusiva”, afirma o presidente do Consórcio Guaicurus.

O deslocamento dos ônibus  poderia passar de 15 km/h para 25 km/h se fossem ampliadas as faixas exclusivas. 

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