Lixão fecha dia 31 de dezembro, diz Trad, em resposta a catadores
O prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) assegurou que não tem chance de revogação no prazo do fechamento do lixão, pedido feito pelos catadores que são contra o trabalho na usina ou na cooperativa.
“Não é possível. Temos um TAC assinado com o Ministério Público com prazo do dia 31/12. Esse ano será fechado e não tem menor possibilidade de permanecer. É uma herança de 30 anos que conseguimos resolver”, destacou o prefeito.
Trad falou sobre a questão durante o início do novo sistema de operação do transporte urbano no terminal Guaicurus, na manhã desta segunda-feira.
Nelsinho explicou que com a usina pronta e entregue, os 70 catadores já cadastrados vão estar em condição de trabalhar. “É uma nova era para Campo Grande, que vai poder ser exemplo”, comentou.
Como parte da primeira etapa da transição dos serviços de lixo de Campo Grande, cerca de 290 trabalhadores que se identificaram como catadores de recicláveis foram cadastrados pela empresa responsável pelo serviço, Solurb Soluções Ambientais. Desses, a maioria não manifestou interesse por trabalho com carteira assinada, com remuneração de até R$ 1,2 mil e irão esperar para integrar cooperativa de reciclagem.
Desde a última quarta-feira, quando a Solurb passou a operar todos os serviços relacionados ao lixo na Capital. Os catadores cadastrados receberam credenciais para poder entrar no atual lixão, que será desativado ainda na primeira quinzena de dezembro.
Até a desativação total da área, os catadores terão que definir onde e como irão trabalhar.
O representante dos catadores, Sérgio Rodrigues, justificou que as vagas oferecidas pela Solurb não são atrativas por conta do valor do salário. Os trabalhadores que não optarem pelos empregos fixos poderão integrar a cooperativa de reciclagem.
Lixão – Depois de sete anos sob o comando da Financial Ambiental, a coleta de lixo em Campo Grande começou a ser feita pela CG Solurb Soluções Ambientais. O consórcio, que incluiu a Financial, vai fazer o trabalho por 25 anos e valor anual do contrato é de R$ 52,1 milhões.
Cabe à Solurb, além de coletar os resíduos sólidos, fazer o trabalho seletivo, de carcaças, fechar o atual lixão, ativar o aterro sanitário e construir mais um. Também é obrigação do consórcio recolher lixo hospitalar de unidades administradas pela Prefeitura.
A Prefeitura e a Solurb oficializaram o serviço em outubro. O contrato tem duração de 25 anos. Ao todo, a Prefeitura irá pagar R$ 1,3 bilhão para a empresa ao longo do contrato.