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Capital

Lojas invadem calçadas e mandam pedestres para meio da rua em bairro

Filipe Prado | 20/05/2014 09:01
A loja deixou os produtos na calçada fazendo os pedestres andarem pela avenida (Foto: Marcelo Victor)
A loja deixou os produtos na calçada fazendo os pedestres andarem pela avenida (Foto: Marcelo Victor)

Os pedestres do Bairro Tiradentes estão preocupados com a “invasão” dos lojistas nas calçadas da Avenida José Nogueira Vieira. Vários objetos ficam expostos pela calçadas, impedindo que o moradores andem pelo espaço destinado ao passeio público, obrigando-os a desviarem e caminharem pelo meio da avenida. Um matagal crescente no meio da calçada também prejudicou os pedestres.

“Dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço”, diz a doméstica Luciana Jara Leria, 36 anos, sobre a situação das calçadas do bairro. Ela afirmou que alguns comerciantes deixam os produtos no meio da calçada, impedindo-os de andar pelo local. “Não tem espaço para caminhar”.

A loja de moveis usados Casa de Móveis Xavier foi uma das mais criticadas. “As pessoas reclamam que atrapalha o trânsito. É um incomodo”, comentou o vendedor Fabrício de Souza Rodrigues, 29. Ele disse que os donos da loja já foram notificados pela prefeitura, mas não retiraram os móveis da calçada.

“Nem sempre eles ocupam a calçada toda, mas tem dias que não tem como passar”, constatou o vendedor.

Luciana citou a física para criticar as lojas no Tiradentes (Foto: Marcelo Victor)
Luciana citou a física para criticar as lojas no Tiradentes (Foto: Marcelo Victor)

Mas para o estudante Amauri Loureiro, 42, o o matagal em uma parte da calçada é o maior incômodo. “As pessoas tem que desviar do mato e andar pela rua. Esses dias uma pessoas quase foi atropelada, quando precisou desviar”, contou.

Ele ressaltou que o espaço da calçada é pouco, assim o mato ocupa todo o local. “Limpam toda a avenida, menos este spaço aqui”, destacou. “É perigoso, não tem espaço para passar e o motorista não para pra gente”, apontou a dona de casa Andréia Rodrigues Vitorino, 23.

Amauri ainda afirmou que os lojistas colocam os produtos na rua, por uma questão de cultura. “Sempre foi assim, mas eles não entendem que os pedestres precisam ter espaço para caminhar”, garantiu o estudante.

Luciana assegurou que os lojistas estão errados e deveriam mudar de atitude. “A calçada é para o pedestre. Eles tem que se organizar e não esparramar os produtos”, finalizou a doméstica.

O Campo Grande News foi até a loja citada, mas não conseguiu falar com o responsável pelo local. A equipe também ligou para os proprietários, porém as ligações não foram atendidas.

Prefeitura - A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) informou que rotineiramente realiza fiscalizações no sentido de notificar e autuar estabelecimentos que estejam descumprindo a Lei 2.909. de julho de 1992, que institui o Código de Polícia Administrativa do Município de Campo Grande.

A lei estabelece medidas de funcionamento e segurança dos estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviços, bem como a fiscalização referente à conservação das calçadas.

Em seu Art. 11 a Lei estabelece “É proibido embaraçar ou impedir por qualquer meio o livre trânsito de pedestre e veículos nas ruas, praças, calçadas, estradas e caminhos públicos, exceto para efeitos de obras públicas ou quando exigências policiais a determinarem.”

Sobre a calçada tomada pelo mato, a Semadur afirmou que fará uma fiscalização no local para averiguar a situação das mesmas.

A secretaria orienta que em casos semelhantes a população poderá realizar as denúncias pelo Disque Denúncia 156.

O matagal também prejudica os pedestres do bairro (Foto: Marcelo Victor)
O matagal também prejudica os pedestres do bairro (Foto: Marcelo Victor)
Amauri já presenciou um pedestre quase ser atropelado (Foto: Marcelo Victor)
Amauri já presenciou um pedestre quase ser atropelado (Foto: Marcelo Victor)
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