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Capital

Mãe diz que nunca viu homem que atacou menina de 3 anos em carrinho

Em depoimento, ela afirmou que o suspeito usou o corpo da filha como martelo e bateu a cabeça da criança no chão duas vezes

Geisy Garnes e Liniker Ribeiro | 11/12/2019 18:48
Suspeito foi detido por moradores e levado para a delegacia pela Guarda Municipal (Foto: Direto das Ruas)
Suspeito foi detido por moradores e levado para a delegacia pela Guarda Municipal (Foto: Direto das Ruas)

Preso em flagrante por agredir uma menina de 3 anos, na manhã desta quarta-feira (11), Cecilio Martins Centurião Junior, de 34 anos, bateu a cabeça da criança pelo menos duas vezes contra o chão. Para a polícia, a mãe da vítima afirmou que nunca havia visto o suspeito e que ele usou corpo da filha como um “martelo”.

Nesta tarde a delegada Marilia de Brito Martins, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), ouviu a mãe da menina, o autor e a mãe dele e também os guardas municipais que atenderam a ocorrência, que aconteceu na região da Moreninha III.

Em depoimento, a mãe da criança contou que saiu de casa com os três filhos, um menino de 5 anos, a menina de 3 e o caçula de apenas 2 meses. Segundo ela, quando percebeu a aproximação do suspeito, os dois filhos mais novos estavam no carrinho de bebê e o mais velho andava ao seu lado.

Para a delegada, a mulher afirmou que o homem tinha uma aparência estranha, e repentinamente, sem dizer uma palavra, ou discutir, puxou a menina pelas pernas, a levantou a cima da cabeça e a bateu contra o chão. Foram pelo menos dois golpes. “Ele usou o corpo de como martelo”, explicou a delegada.

Só depois do segundo golpe a mãe conseguiu tirar a criança dos braços de Cecílio. Depois do crime ele tentou fugir, mas um morador da região, que havia acabado de passar pela família de bicicleta, ouviu os gritos e conseguiu segurar o suspeito até a chegada da Guarda Municipal.

“A mãe da criança afirmou que nunca tinha visto o autor, não o conhecia”, reforçou a delegada. Em um primeiro momento a menina foi socorrida para o UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, mas devido a gravidade dos ferimento, foi transferida para a Santa Casa, onde permanece internada na área vermelha, entubada e sedada.

Cecílio não falou o motivo do crime durante o depoimento. A mãe dele afirmou para a polícia que o filho toma medicamentos, porém é “uma pessoa agressiva”. No momento da prisão, ele foi agredido por moradores do bairro, sofreu ferimentos leves e precisou ser atendido na UPA Vila Almeida. Agora aguarda audiência de custódia em uma cela da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos).

Chocou moradores - Sem entender ainda os motivos que levaram a agressão, os moradores das Moreninhas ficaram chocados com a situação. O episódio tornou-se tema de conversa em cada esquina de um dos mais bairros mais populosos da Capital. Conversando, eles ainda tentam achar uma explicação para o ocorrido e muitos preferem não falar sobre o assunto.

A cabelereira Adalice Gonçalves, 52 anos, trabalha na rua onde o autor da agressão foi preso pelo próprios moradores. Apesar de não testemunhar a cena, ela lamenta e a considera complexa de mais para fazer qualquer julgamento antecipado.

Segundo ela, a mãe e o irmão do agressor estiveram no local depois do que aconteceu. "É duro. Porque a gente também fica sentido pela família do rapaz. É triste para os dois lados, porque ele não parece normal". 

(Colaborou Tainá Jara)

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