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Capital

Mães esperam até 6 horas por atendimento dos filhos em UPA da Capital

Unidade localizada no Bairro Universitário está lotada de crianças com diarreia, febre e vômito

Natália Olliver e Cleber Gellio | 11/11/2022 16:42
Pacientes aguardam atendimento em sala lotada da UPA universitário (Foto: Alex Machado)
Pacientes aguardam atendimento em sala lotada da UPA universitário (Foto: Alex Machado)

Mães que procuraram a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário, localizada na Av. Guaicurus com a Gury Marques, para atendimento dos filhos na tarde desta quinta-feira (11), relataram espera de até seis horas. Muitas pessoas levaram os filhos com sintomas de diarreia, febre e vômito, mas se depararam com uma situação “revoltante”.

De acordo com a escala de médicos disponível pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a unidade conta com cinco clínicos gerais e cinco pediatras. O número não parece suprir demanda.

Bianca Naielen da Silva, de 30 anos, estava na UPA com os dois filhos, Daniel, de um ano e um mês, e Milena, de 11 anos. Os dois estão com tosse e gripe. Ela chegou às 8h e só conseguiu ser atendida às 14h30. Bianca saiu do Bairro Itamaracá para conseguir ajuda médica para os filhos. “Eu acho péssimo, ninguém merece passar por isso”, comentou.

A babá Raquel Rocha, de 27 anos, precisou levar o filho Riquelme de 10 anos à UPA devido ao garoto ter passado mal na escola. Entre os sintomas apresentados, febre e vômito. “Desde sábado estava com febre alta e vômito, vim aqui ele passou pelo atendimento, foi medicado e voltou para casa, mas ele não melhorou. Está há 3 dias sem comer. Ele continuou com sintomas e agora ainda está com diarreia. No primeiro atendimento ela fez o exame, a suspeita era dengue”, comentou.

Raquel saiu do Bairro Lageado, chegou na unidade às 12h30 e até o final dessa matéria não havia sido atendida. A mulher revelou que foi orientada a voltar durante à noite devido ao tempo de espera ser menor. “Pelo quadro dele de diarreia, eu queria que pelo menos eles hidratarem ele com um soro”, disse.

Jéssika de Oliveira, de 20 anos, encaminhou ao Campo Grande News um vídeo que retrata a espera de diversas pessoas por atendimento no local. Ela comentou à reportagem que chegou por volta das 13h, junto com a mãe, Alessandra, de 43 anos, e se indignaram com a situação presenciada.

Alessandra e o Rafael aguardam por atendimento na UPA universitário (Foto: Alex Machado)
Alessandra e o Rafael aguardam por atendimento na UPA universitário (Foto: Alex Machado)

A balconista mora no Bairro Los Angeles e o filho está com diarreia e febre. “Eles viram que ele estava com 39 de febre, mas nenhuma providência foi tomada. Hoje estou aqui, mas amanhã tenho que trabalhar”. O filho passou pela triagem, mas não recebeu atendimento até o final desta matéria.

Durante a apuração, o Campo Grande News presenciou um cenário com vômito pelo chão e nos corredores, além de crianças passando mal no lado de fora. Algumas mães chegaram a desistir pela demora.

A reportagem entrou contato com a Sesau para conferir o quadro de médicos disponíveis e esclarecer o tempo de espero pelos atendimentos.

"A Sesau informa que a unidade em questão está com um fluxo intenso de pacientes, principalmente crianças, tendo sido necessário, por alguns instantes, que os médicos clínicos gerais auxiliassem nos atendimentos pediátricos. Uma equipe móvel foi acionada para reforçar os atendimentos no local. A respeito da higienização da unidade, como dito anteriormente, o maior fluxo neste momento é de crianças, que quando passam mal, vomitam onde estiverem, contudo, a equipe de limpeza do local realiza a correta higienização assim que identificado o ocorrido", disse.

* Matéria atualizada às 17h02 para acréscimo de informações.

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