Major e sargento da PM estavam em depósito com 700 máquinas do jogo do bicho
Segundo o Garras, 9 pessoas foram conduzidas para a delegacia e negaram envolvimento com o jogo clandestino
Um major e um sargento da Polícia Militar - ambos aposentados - estão entre os nove conduzidos para a delegacia, na noite desta segunda-feira (16), após serem flagrados em um imóvel, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande, com 700 máquinas utilizadas pelo jogo do bicho. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Segundo o delegado do Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), Fábio Peró, todos negam envolvimento com o jogo clandestino. "Nenhuma pessoa assumiu a propriedade das máquinas, não souberam dizer quem era o locatário ou proprietário da casa, falaram apenas que estavam ali para jogar baralho", diz o delegado.
A condução das nove pessoas movimentou a sede do Garras, entre presença de policiais e advogados, na noite de ontem. Todos os envolvidos foram ouvidos e liberados. Segundo o Garras, as investigações continuam, a fim de encontrar os verdadeiros donos das máquinas.
Flagra - Uma equipe da especializada estava na região investigando detalhes de outro crime, quando foi feita ao Garras uma denúncia de roubo cuja placa do carro usado pelos supostos criminosos foi anotada.
Ao receber o alerta, policiais que trabalhavam no Monte Castelo visualizaram o veículo do assalto em frente a uma casa naquele bairro e passaram a monitorar o local. Foi quando um motociclista deixou a residência e essa equipe à paisana decidiu segui-lo.
Os investigadores não conseguiram abordar o homem de moto e voltaram para o endereço onde o carro de assaltantes havia sido deixado. O veículo já não estava mais no local, mas com a chegada de reforços, os policiais tocaram a campainha da casa.
Um homem atendeu, disse que estava ali para “jogar baralho” e quando as equipes entraram, havia outras pessoas no local, além das máquinas utilizadas para a coleta de apostas da loteria ilegal.
Nesta manhã, a reportagem do Campo Grande News foi até a região. Moradores, que não quiseram se identificar, comentaram que nunca suspeitaram de qualquer atividade ilegal no local. A casa, de médio padrão, fica próxima a Avenida Rachid Neder. "Por conta disso, o movimento na rua é bem grande, então nunca suspeitamos", comenta uma vizinha.
Os moradores também disseram que não conhecem o proprietário do imóvel.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e aguarda retorno.
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