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Máquina que suga fêmea de mosquito será testada no Parque dos Poderes

Natalia Yahn | 08/03/2016 13:00
Máquina que suga Aedes vai mudar de endereço a partir de quinta-feira (10). (Foto: Natalia Yahn)
Máquina que suga Aedes vai mudar de endereço a partir de quinta-feira (10). (Foto: Natalia Yahn)

A máquina que promete sugar a fêmea do mosquito Aedes aegypti – que transmite dengue, zika e chikungunya – instalada há 15 dias em testes no pátio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), em Campo Grande, vai mudar de local. O aparelho será colocado próximo a Sala de Situação, que funciona no prédio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), no Parque dos Poderes, também na Capital.

O gerente técnico da Secretaria e doutor em entomologia – ciência que estuda os insetos –, Paulo Silva, explica que a mudança será na quinta-feira (10). "Ainda precisamos acertar tudo com a empresa representante da máquina. Mas a intenção é mudar para outro lugar, e será para a Sala de Situação, onde vai ficar as próximas duas semanas. Mas só a partir de quinta-feira, quando será feita mais uma avaliação".

O aparelho já passou por dois balanços, no dia 24 de fevereiro - um dia após começar a funcionar - e também na quinta-feira (3). Na primeira avaliação o aparelho não tinha funcionado satisfatória, e “engoliu” alguns poucos mosquitos. Porém no segundo monitoramento realizado há cinco dias mais mosquitos foram capturados na armadilha. "Foi uma quantidade razoável", disse Silva, sem informar quantos mosquitos foram sugados pelo aparelho.

O funcionamento do aparelho pelo período de 30 dias foi mantido e vai acontecer para confirmar a eficácia prometida pelo Instituto Seiva Brasil – com sede na Capital –, que atua na área de inovações tecnológicas, responsável pela apresentação do Mosquito Magnet e também por outra armadilha, “Flying Insect Trap”.

Funcionamento – O Mosquito Magnet, que “engole” o Aedes, custa aproximadamente R$ 10 mil e o “Flying Insect Trap” R$ 600. Os dois equipamentos funcionam de formas parecidas atraindo a fêmea do mosquito. Mas enquanto o primeiro usa ácido lático – composto orgânico produzido pelo corpo humano – para atrair o vetor, o outro utiliza uma lâmpada e também ondas sonoras (perceptíveis apenas para o mosquito).

Apenas a fêmea hematófaga – que se alimenta de sangue –, é atraída pelo composto utilizado na máquina, que imita o suor humano. "A fêmea pica porque precisa da proteína do sangue para se reproduzir, o macho só se alimenta da seiva das plantas", explicou o coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário.

Os dois aparelhos são fabricados nos Estados Unidos, precisam ser instalados de forma fixa (o “Flying” ao abrigo da chuva) e ter manutenção semanal para continuar operando com eficácia. O Magnet, que suga o inseto, tem abrangência de 4 quilômetros e promete “atrair e matar mosquitos”. Para funcionar o aparelho precisa de um botijão de gás de cozinha e quatro pilhas grandes. Caso aprovado ele poderá ser instalado em lugares de grande circulação de pessoas como escolas, creches, postos de saúde e até mesmo estádios.

Já o “Flying” tem eficácia de apenas 100 metros, e é mais indicado para ser usado em residências. A empresa Mosquitron, responsável pela importação dos equipamentos, deverá disponibilizar mais um lote com 2,7 mil unidades da armadilha doméstica nos próximos dias.

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