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Capital

Marquinhos torce por 20 dias de estiagem para tapa-buracos avançar

Prefeitura da Capital colocou 30 equipes nas ruas nesta quinta-feira, mas chuvas constantes prejudicam serviço e podem, ainda, causar prejuízos com perda de materiais

Humberto Marques | 28/12/2017 12:55
Até este mês, tapa-buracos vinha sendo feito com equipes próprias da prefeitura. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Até este mês, tapa-buracos vinha sendo feito com equipes próprias da prefeitura. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande colcou nas ruas nesta quinta-feira (28) um total de 30 equipes para a operação tapa-buracos, espalhadas pelas regiões da cidade nas quais há alta demanda de tráfego ou nas quais os problemas impedem a boa circulação de veículos. Mesmo com o contingente, a solução para o problema ainda não é considerada adequada graças a um fator que vem de cima: as constantes chuvas que atingem a Capital impedem que as crateras sejam finalmente consertadas.

“Dê-me 20 dias de estiagem que vocês verão a diferença na cidade”, afirmou o prefeito Marquinhos Trad (PSD) nesta manhã, apontando já haver condições técnicas para que o problema no pavimento da cidade seja resolvido. Faltou, porém, uma ajudinha de São Pedro. “Dos 27 dias de dezembro choveu em 23 deles”, lastimou Marquinhos.

Neste mês, foram fechados os contratos com as empresas que ficarão responsáveis pela manutenção do asfalto nas sete regiões urbanas da Capital. Certame nesse sentido chegou a ser convocado na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (Progressistas) no fim de 2016, no entanto, foi redimensionado e preparado para o mês de maio.

No entanto, Marquinhos afirma que análise feita pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) nos documentos da licitação atrasou o processo, finalizado apenas neste mês. Impossibilitada de contratar, a prefeitura manteve apenas cinco equipes nas ruas para efetuar a manutenção das ruas.

Chuva aumentou número de buracos nas ruas da Capital; prefeito torce por estiagem para acelerar reparos. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Chuva aumentou número de buracos nas ruas da Capital; prefeito torce por estiagem para acelerar reparos. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Prejuízo – Aproveitando a manhã sem chuva, o prefeito disse ter ordenado que as equipes fossem para as ruas acelerar os reparos, o que já havia sido feito na quarta-feira (27). Porém, a todo o instante, um problema que venha dos céus pode obrigar a paralisação do serviço, sob pena de todo o trabalho e os recursos públicos que dele dependem serem perdidos.

“Esse é o risco que muitas vezes corremos. Tem de comprar a massa na usina, que sai a 180ºC. Se você não usar essa massa em um período de seis a sete horas ela fica dura e você perde o material. Se chove depois do meio-dia você tem duas alternativas: ou aplica o que já comprou para tentar salvar alguma coisa ou cruza os braços e espera o dia seguinte. Hoje, por exemplo, mandei [as equipes] saírem”, disse Marquinhos.

O prefeito ainda destacou que a forma de o serviço ser prestado também difere da administração anterior. O município vem usando apenas o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado Quente) aplicado em “recortes”. “Estou mandando recortar em forma quadrada ou retangular para fazer a sedimentação e a fresagem para, depois, pavimentar”, disse.

Até o início do ano, usava-se o material usinado a frio, o que, ainda segundo Marquinhos, não apresentou bons resultados. “Nos locais onde essa técnica foi usada ou o material não durou ou houve afundamento”, pontuou.

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