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Capital

Médicos captam seis órgãos de jovem morto em atropelamento na Ceará

Lucas Henrique terá o coração, os dois rins, e as córneas doadas para pessoas de Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Geisy Garnes | 28/11/2017 09:10
Vídeo mostra momento exato do acidente (Foto: Divulgação)
Vídeo mostra momento exato do acidente (Foto: Divulgação)

Lucas Henrique Souza Matheus, de 21 anos, passa por cirurgia para retirada de órgãos na manhã desta terça-feira (28) na Santa Casa de Campo Grande. O jovem sofreu morte cerebral após ser atropelado na madrugada de sábado (25) e agora terá o coração, os dois rins, e as córneas doados para pessoas de Mato Grosso do Sul e São Paulo.

O jovem de 21 anos deu entrada no hospital na manhã do dia 25, após ser atingido por um HB20 enquanto atravessava a faixa de pedestre na Rua Ceará, próximo ao cruzamento com a Euclides da Cunha, no Jardim dos Estados. Ele permaneceu internado em estado grave até está segunda-feira (27), quando os médicos confirmaram a morte encefálica.

A família autorizou a doação dos órgãos de Lucas, que nesta manhã passa por cirurgia. De acordo com a assessoria da Santa Casa, o jovem vai doar os dois rins, o fígado, o coração e também as córneas.

Um dos rins de Lucas será transplantado ainda nesta manhã, para um paciente de Mato Grosso do Sul. O coração, o outro rim e o fígado, serão enviados a São Paulo de jatinho também nesta manhã, ao final da cirurgia de retirada dos órgãos. As córneas do rapaz serão armazenadas no Banco de Olhos da Santa Casa até serem transplantados ao próximo da fila de receptores.

O caso - Lucas foi atingido por um HB20, dirigido pelo estudante de Medicina de 24 anos, preso por embriaguez no momento do acidente. A vítima atravessava a via na faixa de segurança, localizada na Ceará com a Rua Euclides da Cunha, quando foi atropelada pelo acadêmico que, segundo testemunhas, dirigia em alta velocidade. Lucas acabou arremessado a cerca de 10 metros.

O sinal estava verde para o HB20. Rodrigo não negou socorro, mesmo assim, o delegado que atendeu a ocorrência resolveu manter o motorista preso porque teste do bafômetro comprovou embriaguez. O acadêmico foi solto na mesma noite da prisão, após pagar fiança de 54 salários mínimos, o equivalente a R$ 50.598.

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