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Capital

Menino baleado em frente à presídio já está em casa e mãe prefere silêncio

Criança de 6 anos lanchava com a mãe quando levou um dos tiros destinado a Edilson Rodrigues dos Anjos, que morreu depois

Anahi Zurutuza e Clayton Neves | 03/12/2020 10:12
Socorristas do Samu e do Corpo de Bombeiros durante os primeiros atendimento à vítima, que morreu antes de chegar a hospital (Foto: Paulo Francis)
Socorristas do Samu e do Corpo de Bombeiros durante os primeiros atendimento à vítima, que morreu antes de chegar a hospital (Foto: Paulo Francis)

O criança de 6 anos que levou tiro na tarde de ontem (2) durante atentado contra Edilson Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, era um menino e não uma garota, conforme informaram testemunhas no local o ataque, no Jardim Noroeste, bairro na saída para Três Lagoas em Campo Grande. Amiga da mãe da criança conversou com o Campo Grande News na manhã desta quinta-feira (3) e disse que a mulher lanchava com o menino em padaria localizada em frente ao Complexo Penal quando o garotinho foi baleado.

Desesperada, a mãe pegou a criança e levou para o CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Tiradentes. O ferimento foi de raspão e à noite, o menino já estava liberado.

A reportagem tentou conversar com a mãe da criança, mas não quis dar entrevista, mais que obedece a “lei do silêncio” imposta de forma velada para quem mora no Jardim Noroeste e convive com a saída de presos diariamente e familiares de detentos faccionados.

Além do garotinho, uma jovem de 22 anos que também estava na padaria foi baleada numa das pernas. Ela recebeu os primeiros socorros do Corpo de Bombeiros no local e foi levada para o CRS Tiradentes.

O alvo – Edilson dos Anjos estava saindo do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), com alvará na mão, quando veículo, que seria uma Fiat Toro, passou com suspeitos atirando. Ele estava na rua, seguindo para um ponto de ônibus, com o alvará de soltura nas mãos.

Edilson dos Anjos havia sido pego no dia 29 de setembro e era suspeito de cometer assalto à empresa do ex-patrão, em Ponta Porã, na mesma época. Foram levados da empresa R$ 30 mil, além de armas. O motivo da prisão, contudo, era porte ilegal de arma, mas ele havia conseguido reverter a prisão preventiva.

Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital, ainda na viatura do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).

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