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Capital

Morte de filho de PM entra na lista de força-tarefa que investiga pistolagem

Há cinco meses, Polícia Civil criou grupo para investigar casos graves, de repercussão e que reclamam ações efetivas

Aline dos Santos | 29/04/2019 08:38
Marca de sangue na caminhonete que Matheus manobrava quando foi alvo de atiradores.  (Foto: Direto das Ruas)
Marca de sangue na caminhonete que Matheus manobrava quando foi alvo de atiradores. (Foto: Direto das Ruas)

Criada em novembro para investigar três crimes de pistolagem em Campo Grande, a força-tarefa da Policia Civil também atua num quarto caso: o homicídio do universitário Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, ocorrido em 9 de abril deste ano. A suspeita é de que ele tenha sido morto por engano e que o alvo do atirador era seu pai, o policial militar reformado Paulo Roberto Teixeira Xavier.

Em portaria publicada nesta segunda-feira (dia 29), três inquéritos de execuções foram encaminhados para o Garras (Delegacia Especializada de Repressão e Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), que, conforme o documento, possui estrutura adequada para tornar mais célere e efetiva as investigações.

As apurações prosseguem sob a presidência da força-tarefa, criada em 5 de novembro para investigar os assassinatos de Ilson Martins Figueiredo, Marcel Costa Hernandes Colombo e Orlando Silva Fernandes.

“Investigações de crimes graves e com repercussão pública, reclamando ações efetivas para o esclarecimento integral dos fatos”, detalha a portaria.

A publicação de hoje, divulgada no Diário Oficial do Estado, cita os casos de Matheus, Ilson e Orlando. De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas Lopes, a execução de Marcel também prossegue na força-tarefa. “Não segue a mesma linha de uso de fuzil e incineração do carro, mas integra a força-tarefa”, afirma.

Conforme o delegado-geral, o Garras atua na investigação da força-tarefa desde o começo e a portaria é uma regularização administrativa, após a mudança no comando da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).

Em 23 dias, houve duas mudanças de titular na delegacia. Em 3 de abril, o Diário Oficial do Estado trouxe a designação do delegado Carlos Delano Gehring Leandro de Souza, que era adjunto, para comandar a DEH. Na mesma data, o então titular Marcio Shiro Obara assumiu a 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, no bairro Carandá Bosque.

Na sexta-feira (dia 26), Obara foi transferido novamente para comandar a Homicídios, enquanto Delano assumiu função de assessor especializado na Corregedoria da Polícia Civil.

Apesar da alteração, Delano segue com o caso em que um delegado é suspeito de homicídio em Corumbá. Segundo portaria publicada hoje, a Corregedoria assume as investigações.

“Essas mudanças são questões internas administrativas. Os delegados Peró e Delano estavam mais afetos a isso”, afirma. Fábio Peró é delegado titular do Garras. A DEH também participa da força-tarefa.

Vítimas – Desde o ano passado, os alvos dos pistoleiros foram o subtenente Ilson Martins de Figueiredo, 62 anos, então chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (morto em 11 de junho); o empresário Marcel Costa Hernandes Colombo, 31 anos, que ficou conhecido como Playboy da Mansão (executado em 18 de outubro); Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat (Orlando foi morto em 26 de outubro); e Matheus Coutinho Xavier.

Matheus manobrava uma caminhonete S-10 na garagem de casa quando foi surpreendido com disparos de fuzil. O pai do jovem chegou a levá-lo para a Santa Casa, mas ele não resistiu aos ferimentos. 

Já o assassinato do empresário Cláudio da Silva Simeão, 48 anos (executado em 15 de novembro), não está na Força-Tarefa e é investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios.

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