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Motorista de aplicativo socorre adolescente perseguida por subtenente armado

Mauri de Oliveira, ex-namorado da vítima, foi preso em flagrante e passará por audiência de custódia

Por Bruna Marques e Raíssa Rojas | 31/07/2025 07:57
Motorista de aplicativo socorre adolescente perseguida por subtenente armado
Adolescente aguardando o registro da ocorrência na Deam (Foto: Marcos Maluf)

Motorista de aplicativo socorreu uma adolescente de 16 anos que era perseguida pelo ex-namorado, o subtenente da Polícia Militar, Mauri de Oliveira, de 50 anos, na noite de quarta-feira (30), em Campo Grande. O policial chegou a atirar para o alto durante a perseguição. Ele foi preso em flagrante e deve ser encaminhado ao Presídio Militar Estadual após audiência de custódia.

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Um motorista de aplicativo salvou uma adolescente de 16 anos que estava sendo perseguida pelo ex-namorado, um subtenente da Polícia Militar de 50 anos, em Campo Grande. O policial, identificado como Mauri de Oliveira, efetuou disparos para o alto durante a perseguição na noite de quarta-feira (30). Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio Militar Estadual. A adolescente pediu socorro ao motorista enquanto o policial a perseguia. O motorista dirigiu por cerca de 8 quilômetros até encontrar uma viatura policial. O subtenente foi localizado e preso. A mãe da jovem relatou que eles moravam juntos na casa do policial e que a filha faz tratamento psicológico. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e o policial responderá por ameaça, injúria e disparo de arma de fogo.

O caso aconteceu por volta das 23h30 na região do Bairro Santo Eugênio. O motorista contou que aguardava uma corrida quando a adolescente se aproximou desesperada e bateu no vidro do carro pedindo ajuda. “Parei o carro e, logo em seguida, um homem virou a esquina correndo e atirando para cima. Ela saiu correndo e ele foi atrás. Dei a volta na quadra e consegui pegar ela na outra ponta”, relatou à reportagem.

Segundo ele, a menina não conseguiu entrar no carro de imediato, pois ficou assustada com o tiro. Ele deixou o local rapidamente e foi parar em frente a uma praça. Foi ali que a adolescente atravessou correndo e conseguiu entrar no carro. “Ela estava cansada de tanto correr”, relatou o motorista.

Durante o trajeto, a jovem contou que havia terminado o relacionamento com o policial, mas ele não aceitava o fim. Tentou se esconder na casa de um vizinho, mas, sem apoio, correu pela rua em busca de ajuda.

Motorista de aplicativo socorre adolescente perseguida por subtenente armado
Mãe da vítima na recepção da Deam, na manhã desta quinta-feira (Foto: Marcos Maluf)

Eles rodaram cerca de 2 quilômetros até chegarem à Avenida Eduardo Elias Zahran, onde encontraram uma viatura da Polícia Militar. Os policiais ligaram para o suspeito, que foi até o local acompanhado da mãe da adolescente. Todos foram levados para a delegacia. Uma equipe da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) também foi acionada. A arma do subtenente foi apreendida.

Conforme relato da mãe da adolescente à reportagem, a filha havia saído de casa por volta das 20h. As duas vieram de Bela Vista para Campo Grande há cerca de um mês e estavam morando na casa do próprio subtenente, que seria amigo da família. A mãe afirmou que a filha e o policial mantinham um namoro há pouco mais de um ano.

Questionada sobre a diferença de idade entre a filha e o homem, a mãe afirmou: “Não sei, deve ter uns 50 e pouco. Hoje em dia não dá para entender a cabeça dos adolescentes”. Ela também revelou que a filha passa por tratamento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e já apresentou episódios de surtos, inclusive saindo nua na rua.

De acordo com o boletim de ocorrência, o subtenente foi preso em flagrante por ameaça, injúria e disparo de arma de fogo. A versão do motorista de aplicativo foi confirmada no registro policial. Após o exame de corpo de delito, o suspeito deve ser encaminhado ao Presídio Militar Estadual, onde aguardará decisão da Justiça.

O Campo Grande News entrou em contato com a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, por meio da assessoria de imprensa, para saber se a corporação já foi oficialmente informada sobre o caso e quais medidas serão adotadas em relação ao subtenente envolvido. Até o momento, não houve retorno.

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