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Capital

Motoristas vão fazer movimento para reduzir pedágio em 50% na BR-163

Aliny Mary Dias | 21/01/2014 10:52
Encontro entre sindicalistas será realizado hoje e amanhã na Capital (Foto: Marcos Ermínio)
Encontro entre sindicalistas será realizado hoje e amanhã na Capital (Foto: Marcos Ermínio)

Com objetivo de reduzir o pedágio da BR-163 em Mato Grosso do Sul, representantes da CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres) e de sindicatos regionais do Estado se reúnem em Campo Grande nesta terça-feira (21) para definir estratégias de trabalho. Uma das metas do grupo é produzir um panfleto informativo sobre os valores do pedágio no Estado.

A empresa vencedora da concessão estipulou o valor do pedágio em R$ 4,38 a cada 100 quilômetros e, de acordo com Samir José da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas, de Coletivos Intermunicipais e Interestaduais, o valor é o dobro do praticado no estado vizinho Mato Grosso.

“Se levarmos em conta um caminhão bitrem, o valor nos oito pedágios em Mato Grosso do Sul será R$ 344. No Mato Grosso o mesmo trecho fica em R$ 174 e essa diferença é um absurdo que irá encarecer o transporte”, explica Samir.

Da reunião com representantes da CNTTT e de sindicatos de outros estados, os sindicalistas pretendem produzir um material informativo que deverá ser distribuído tanto das estradas quanto na cidade. “Queremos que o cidadão que não acompanhou a concessão saiba como a situação vai ficar com esses valores altos”, comenta o presidente da federação estadual.

Outro ponto que também será discutido entre o grupo é em relação a levar o documento final do encontro até o Governo do Estado e os parlamentares. Na época do certame, o Governo comemorou o valor final do contrato, que chegou a um deságio de 52,74%, considerado o maior dos últimos leilões de rodovias.

“Queremos explicações por que esse valor anunciado em Mato Grosso do Sul será tão alto, principalmente em comparação com o estado vizinho. Se teve tanta comemoração do governo, precisamos de uma resposta”, completa Samir.

Descanso obrigatório – Outro assunto que entrará na pauta da discussão entre os sindicalistas será a Lei do Motorista, sancionada pela Presidente Dilma Rousseff em abril do ano passado.

A revolta da CNTTT é com relação à atitude de grupos ligados ao agronegócio que já sinalizaram uma oposição à lei. O secretário geral da confederação, Jaime Bueno, explica que a regulamentação da profissão que definiu carga horária para motoristas profissionais e pausas para descanso agora é questionada.

“Nós passamos quatro anos conversando sobre a lei inclusive com representantes do agronegócio. Estava tudo certo, e mesmo com o veto da presidente em 19 pontos, consideramos a lei excelente. Agora o setor do agronegócio irá recorrer ao Congresso Nacional para derrubar a lei”, explica Jaime.

Na lei aprovada e que já está em vigor, os motoristas devem dirigir por no máximo quatro horas e fazer uma pausa para um descanso de 30 minutos. De um dia para o outro, os motoristas devem dormir pelo menos 11 horas.

Uma comissão formada por representantes do agronegócio quer que a carga horária aumente, segundo o secretário da CNTTT.

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