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Capital

Mulher afirma que irmão foi agredido e jogado na piscina em baile funk

Bruno Chaves | 28/10/2013 17:59
Irmã mostra cartaz de festa funk (Foto: João Garrigó)
Irmã mostra cartaz de festa funk (Foto: João Garrigó)

A família de Cleber Sanches Araújo, 30 anos, que morreu na madrugada de sábado (26) em uma piscina do Sítio da Colina, durante um baile funk, na Vila Nasser, em Campo Grande, suspeita que o técnico de som tenha sido agredido e jogado na piscina antes de se afogar.

“A boca dele estava toda machucada por dentro e o dente da frente estava quebrado. Parecia que ele tinha levado um soco. No rosto, perto do nariz e do olho, também estava tudo arranhado. A mão dele também estava roxa e pulso parecia quebrado”, conta a irmã da vítima, Dayane Sanches Araújo, 27.

A dona de casa lembrou que foi ao sítio onde o rapaz morreu e por lá encontrou até drogas. “Porções de maconha e de cocaína” estavam espalhadas em “saquinhos” pelo chão do banheiro masculino e em um dos bancos da varanda.

Dayane ainda afirmou que um tiroteio ocorreu durante o baile funk. Segundo ela, pessoas conhecidas que também estavam na festa revelaram que homens trocaram tiros dentro do Sítio da Colina.

“Queremos saber o que realmente aconteceu. O laudo da morte diz que é afogamento. Mas ele sabia nadar porque morou no Guarujá (SP) um bom tempo e ficava na praia”, lembra outra irmã, a manicure Janaína Sanches da Rocha, 29.

A manicure questiona o horário dos fatos. Segundo ela, o óbito foi constatado às 3h30, mas o comunicado a família só foi feito às 4h40. “Algo de errado aconteceu porque chegamos lá e tava tudo limpo. Só tinha os restos de drogas”, disse.

Baile Funk – A família de Cleber ainda afirma que versões contrárias sobre a festa pode atrapalhar a investigação da polícia. “A mulher que organizou o evento disse que era uma festa de 15 anos e que meu irmão entrou de penetra. Mas era um baile funk mesmo e ele pagou R$ 10 pelo ingresso”, afirma.

Para confirmar a versão, Dayane foi ao local e guardou o cartaz de divulgação do evento que, segundo ela, foi arrancado da parede pela organizadora do baile. “Ela também disse que o Cleber entrou e se jogou na piscina. Mas tenho conhecidos que falam que ele participava da festa e que tinham mais de 15 pessoas na piscina”, garante.

Cleber foi ao baile funk intitulado de 2ª Noite das Solteiras com um amigo, que até hoje não procurou a família para conversar sobre a morte. O técnico de som deixa uma esposa grávida de três meses e dois filhos, um de cinco e outro de três anos.

O caso – Cleber morreu afogado no sábado durante o baile funk na Vila Nasser. Segundo o soldado da Polícia Militar, Rildo Nazaret, por volta das 2h da madrugada, vizinhos do local chamaram a polícia por causa do barulho.

Os convidados diziam que era uma festa de aniversário, mas com a chegada da polícia admitiram ser um baile funk.

Após a PM deixar o local, a festa continuou. O homem foi encontrado horas depois dentro da piscina. Ele foi retirado da água pelos convidados da festa. Nenhuma das pessoas que estavam na festa quis falar com a equipe reportagem.

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