Mulher de assassino de motorista vai à polícia após ser ameaçada pela sogra
A mãe de Igor César teria enviado mensagens à nora para que ela mudasse o depoimento prestado a polícia
A mulher de Igor César de Lima Oliveira, de 22 anos, assassino confesso do motorista de aplicativo Rafael Baron, 24 anos, procurou a polícia após ser ameaçada de morte pela sogra. Segundo a jovem de 22 anos, a mãe do suspeito exigiu que ela mudasse depoimento prestado a polícia para ajudar o namorado.
A mulher, principal testemunha do assassinato, procurou a polícia na semana passada para denunciar a sogra, de 37 anos. Em depoimento ela contou que a mulher mandou áudios e mensagens por WhatsApp exigindo que ela mudasse seu depoimento para ficar “compatível” com o de Igor.
Isso porque para a polícia, a jovem contou que Rafael foi assassinado por fazer três perguntas a ela. Ela descreveu que no trajeto até em casa o motorista perguntou o porquê ela estava com uma tipoia no braço. Ela respondeu que havia sofrido um acidente e ele quis saber se foi de moto e também se ela estava sozinha.
A versão do assassino para a conversa, no entanto, foi bem diferente. Ele afirmou que “ficou louco e irritado” depois que ouvir Rafael falar “esse friozinho é bom para fazer amorzinho” para a mulher. Ele ainda alegou que viu a esposa beijar o motorista na hora de pagar pela corrida e por isso cometeu o crime.
Na tentativa de coagir a nota, mãe do suspeito teria afirmado que acabaria com a vida dela “mesmo que passasse o resta da vida presa”. A mulher ainda teria enviado ameaças a mãe da vítima, também por WhatsApp. Ao registrar as ameaças, da 5º Delegacia de Polícia Civil, a jovem afirmou que não irá mudar o depoimento, pois é “verdade do que aconteceu”. Caso é investigado como coação.
Entenda - Rafael foi morto com dois tiros, no dia 13 de maio, após buscar o casal no Upa (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon e deixar os dois dentro de um condomínio no Jardim Campo Nobre.
Igor César Lima já havia sido condenado a cinco anos e quatro meses de reclusão em regime fechado por roubo à mão armada em 2015, mas estava foragido do sistema prisional quando cometeu o crime. Ele se apresentou a polícia três dias depois de matar Rafael e agora responde por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.