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Capital

Mulher esperou atendimento por 2 horas antes de morrer em UPA, diz tia

Marcelly chegou à unidade com dores no peito e não resistiu a complicações médicas

Por Gustavo Bonotto e Ana Beatriz Rodrigues | 23/01/2024 20:42
Marcelly, em foto publicada nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)
Marcelly, em foto publicada nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)

Mulher de 33 anos, posteriormente identificada como Marcelly Marcia Franca Almeida, morreu ao procurar por atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino, durante a tarde desta terça-feira (23), em Campo Grande. Familiares alegaram que houve negligência médica.

Marli Lopes, tia da paciente, disse que Marcelly chegou à unidade com fortes dores no peito por volta das 12h, passou pela triagem e teve que aguardar cerca de duas horas até ser atendida.

"Foi feita a ficha cadastral na recepção, ela esperou por horas e não resistiu. Falaram que não era nada. A médica atendeu ela e falou que não é nada. Ela comprou o diploma dela?", disse a familiar em mensagem de áudio.

Já o boletim de ocorrência registrado como morte a esclarecer na Depac Cepol apontou que Marcelly deu entrada na unidade apresentando diarreia, vômito e dificuldades de respirar. Seu companheiro, que não teve o nome divulgado, disse no documento que após a vítima entrar em uma das salas da unidade não teve mais qualquer contato e recebeu a notícia de que ela morreu por volta das 16h30.

O outro lado - Procurada pela reportagem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) lamentou a morte e informou, por meio de nota, que a paciente estava em observação dentro da unidade, no entanto, houve piora no quadro clínico. Ainda segundo a pasta, Marcelly permaneceu em observação sendo medicada e com os sinais vitais monitorados no setor de estabilização da unidade.

"Na sala de emergência, devido a piora do estado clínico, a paciente evoluiu com uma parada cardíaca sendo intermediada pela equipe de emergência, porém sem sucesso. Todos os procedimentos aconteceram dentro do tempo protocolar conforme a classificação de risco", diz o comunicado.

A causa da morte ainda é desconhecida. A secretaria alegou que aguarda os resultados de exames para fechar um diagnóstico.

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