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Capital

Mulheres pedem ajuda para tratamento de doenças degenerativas

Médica reumatologista alerta para sinais de que é preciso buscar atendimento

Por Gabi Cenciarelli | 20/10/2024 10:48
Muara Pereira e Ana Rita acamadas por conta de doenças reumáticas (Fotos: Arquivo Pessoal)
Muara Pereira e Ana Rita acamadas por conta de doenças reumáticas (Fotos: Arquivo Pessoal)

"Eu fui pedreira, pintora, tudo, mas agora não tenho mais força, sinto muita dor. Não queria estar nessa situação". As palavra de dor são da Ana Rita Mendonça Rodrigues que, aos 44 anos, perdeu quase toda a mobilidade. Assim como ela, Muara Pereira, motorista de 32 anos, vive em cadeira de rodas por conta de doenças autoimunes e degenerativas.

As duas campo-grandenses fazem parte do grupo de mais de 15 milhões de brasileiros que sofrem com doenças reumáticas. Ambas perderam a qualidade de vida e precisam de ajuda com o tratamento.

Ana foi diagnosticada em julho deste ano com espondilite anquilosante, doença sem cura e degenerativa. Ela afeta cerca de 0,2% da população brasileira, de acordo com pesquisa divulgada no site da Pfizer. É inflamatória, crônica e afeta a coluna vertebral, além de outras articulações do corpo.

Muara vive com artrose degenerativa no grau cinco e atualmente depende de cadeira de rodas para andar. Desde os quase dois anos de diagnostico, ela que tinha uma vida completamente jovem e ativa, conta que foi perdendo a função motora gradativamente.

Ana Rita e Muara Pereira procuraram o Campo Grande News para relatar como vem sofrendo com as doenças. Ambas perderam a mobilidade e estão acamadas enquanto fazem o tratamento. As duas estão fora da faixa etária mais comum para esse tipo de problema, principalmente no grau de perder a mobilidade.

De acordo com a Flavia Arakaki, médica reumatologista, as doenças degenerativas são mais comuns conforme a pessoa envelhece. Quando se fala na situação de mulheres jovens, a profissional explica o que, diferente da percepção pública, também podem ser alvo do problema.

"No caso de doenças degenerativas é comum que ela se apresente após os 50 anos. Lembrando existem fatores de risco para que isso aconteça antes, mas via de regra, uma mulher jovem pode ser acometida por essas doenças e as autoimunes tem bastante incidência nas mulheres jovens", explica a profissional.

Muara em Presidente Epitácio (SP), antes de perder a mobilidade (Foto: Arquivo Pessoal)
Muara em Presidente Epitácio (SP), antes de perder a mobilidade (Foto: Arquivo Pessoal)

O dia em que descobri que tenho artrose foi, ao mesmo tempo, o melhor e o pior da minha vida. O diagnóstico não fazia sentido com o minha idade e o nível de dor que eu estava sentindo. Falaram que era algo simples, mas não justificava a intensidade do que eu enfrentava todos os dias", diz Muara

Para quem procura se prevenir, a médica recomenda estilo de vida saudável e ainda alerta para os sintomas que precisa ficar de olho. "É importante sempre ter em mente que sintomas como fadiga, dor, alteração na mobilidade das articulações ou sintomas crônicos, sejam eles relacionados a qualquer sistema, não são comuns. Sempre que um sintoma te acompanha já há algum tempo, atrapalha sua funcionalidade ou traz dor, é necessário ficar de olho e fazer uma investigação clínica com um médico de sua confiança, como também uma avaliação laboratorial"

Para quem quer ajudar 

No último mês, Muara conseguiu garantir uma cirurgia que vai ajudar com a qualidade de vida, mas ainda precisa de ajuda com os custos do pós operatório. Quem puder ajudar, deve entrar em contato com ela pelo (67) 99110-1403.

Ana Rira precisa de ajuda financeira para continuar os tratamentos. Atualmente tem necessidade de fraldas, gaze, medicação e suplementos de higiene pessoal. Para ajudar, o contato dela é (67) 9273-1895, onde ela também consegue receber Pix.

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