Mulheres podem “mostrar X” também em farmácias de postos de saúde na Capital
Prefeitura entrou na campanha contra violência doméstica. Vítimas podem desenhar X com batom na mão ou papel e pedir socorro
A Prefeitura de Campo Grande firmou parceria com o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e agora as mulheres vítimas de violência doméstica também podem mostrar a mão com “x” ou um "x" em papel, em farmácias públicas da cidade, nas unidades básicas e 24h de Saúde.
O "Sinal Vermelho" é uma campanha para denunciar violência doméstica em farmácias. Para especialistas, a quarentena tem impacto direto na violência doméstica e com o aumento de casos neste período, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) lançou idealizou a ação para oferecer mais um local para as mulheres pedirem socorro.
Para pedir ajuda é só mostrar a mão em sinal de pare com um X vermelho desenhado com batom ou mesmo um papel com o X. Todas as farmácias aderem. São 443 em Campo Grande e 1561 em todo o Estado. Ao verem o sinal vermelho, os farmacêuticos discretamente vão pedir para que a mulher realize cadastro como se fosse para comprar medicamentos. Agora, servidores nas farmácias públicas também farão o acolhimento.
A campanha surgiu após caso registrado em Mato Grosso do Sul e virou ideia entre a equipe da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em Mato Grosso do Sul. A parceria é com o CRF (Conselho Regional de Farmácia), AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e outras instituições e agora, também com a Prefeitura da Capital.
Conforme o TJ, o documento que oficializa a parceria por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em Mato Grosso do Sul, foi assinado na tarde de quarta-feira (17) pela juíza Helena Alice Machado Coelho, titular da Coordenadoria da Mulher do TJMS, e o prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Com o acesso ao endereço, pode chamar a polícia para que vá até o local e inicie a investigação de violência doméstica. Mulheres que estiverem ao lado do agressor dentro das farmácias podem pedir para ter a pressão aferida. Serão levadas na sala onde as injeções e procedimentos como esse são realizados e ali podem denunciar.
Como a ideia surgiu – Caso inusitado de denúncia de violência doméstica no interior de Mato Grosso do Sul deu origem à campanha. Em dezembro do ano passado, uma mulher que era mantida em cárcere privado junto com a filha, pelo marido, aproveitou que eles foram vacinar a criança e denunciou o que estava acontecendo.