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Capital

Mutirão arrecada doações para abrigos provisórios de famílias do Mandela

Ideia é abrigar moradores de forma segura enquanto prefeitura não entrega as moradias definitivas

Por Jhefferson Gamarra e Danielly Escher | 22/12/2023 17:17

Moradores fazendo a limpeza do que sobrou da favela incendiada (Foto: Marcos Maluf)
Moradores fazendo a limpeza do que sobrou da favela incendiada (Foto: Marcos Maluf)

Voluntários estão organizando mutirão para construir abrigos provisórios a famílias da Comunidade do Mandela que tiveram barracos destruídos por um incêndio no fim do mês passado em Campo Grande. A ideia é erguer as estruturas temporárias no mesmo terreno onde a prefeitura vai construir as casas para estas famílias.

"Essas pessoas já conseguiram terrenos, elas vão ter as casas construídas, só que leva uns 10 meses para ficarem prontas. Algumas estão em escolas, em abrigos coletivos e preferem mais privacidade", explica a juíza federal Raquel Domingues do Amaral, que vinha fazendo um trabalho de justiça restaurativa na comunidade e está organizando o mutirão solidário.

A magistrada, que atua na área de direitos humanos, entrou em contato com empresas onde os voluntários poderão comprar materiais para doação. Quem quiser ajudar poderá ir até os locais e escolher os itens a serem doados em uma lista de opções. (confira os nomes no fim da reportagem).

Após a compra feita pelo voluntário, as empresas parceiras ficarão encarregadas de transportar os materiais que serão utilizados na construção das moradias provisória até o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) do Bairro Estrela do Sul. Todo o processo será acompanhado pela magistrada que está à frente da ação.

"Este tipo de mobilização para construção de abrigos provisórios costuma acontecer nos Estados Unidos, após desastres naturais. Estou entrando em contato com entidades públicas e privadas, pedindo ajuda da Justiça para a participação de reeducandos do sistema penitenciário, todos que puderem colaborar", comenta Domingues.

Segunda a juíza, a prefeitura se comprometeu a doar uma parte do material, principalmente telhas, e disponibilizar um engenheiro para coordenar os trabalhos. A princípio, as moradias provisórias serão levantadas com paredes de madeirite, ao fundo do terreno onde serão construídas as casas definitivas. A previsão é construir 80 abrigos provisórios.

De acordo com a Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), dentre as 80 famílias impactadas pelo incêndio, 65 estão temporariamente alojadas nas residências de familiares, enquanto 15 estão abrigadas na Escola Municipal Maestro João Corrêa Ribeiro. A previsão é de que os lotes serão disponibilizados antes do início do ano letivo.

Para compra de caibros, madeirite, pregos e dobradiças, a loja que fechou parceria e oferecerá descontos para compra de materiais destinados a ação é a Pazinha, localizada na Rua Trindade, 540, Vila Progresso. Para a compra de materiais hidráulicos e elétricos, a opção é a loja Petel, na Rua Treze de Maio, 532 - Centro. Demais doações que possam contribuir com a ação podem ser entregues no CRAS do Bairro Estrela do Sul.

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