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Capital

Na 3ª onda, Campo Grande aguarda bandeira do Prosseguir para avaliar restrições

Atualmente, cidade tem classificação laranja, que indica risco médio para covid

Aline dos Santos | 25/05/2021 10:31
Pessoas caminham no Centro de Campo Grande, que mantém lojas abertas. (Foto: Marcos Maluf)
Pessoas caminham no Centro de Campo Grande, que mantém lojas abertas. (Foto: Marcos Maluf)

Com a terceira onda da epidemia de covid-19 em expansão, Campo Grande aguarda a publicação do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia) para eventual adoção de medidas mais restritivas.

 Atualmente, a Capital tem bandeira laranja, que indica grau médio de risco. A última edição do Prosseguir foi divulgada em 12 de maio, com validade até amanhã (dia 26). Na bandeira laranja, por exemplo, o toque de recolher é menos rígido: das 22 às 5h.

“A princípio, Campo Grande acompanha a bandeira do Prosseguir e estamos aguardando”, afirma o titular da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Luís Eduardo Costa.

Em março, quando houve antecipação de feriados e fechamento do comércio presencial, a Capital tinha bandeira cinza no Prosseguir, que alerta para risco extremo de transmissão da covid e orienta funcionamento  somente das atividades essenciais.

O programa do governo tem as seguintes classificações: verde (grau baixo), amarelo (tolerável), laranja (médio), vermelho (risco alto) e cinza (extremo).

Ontem, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, alertou para a possibilidade de medidas mais duras para frear o contágio. “Os números mostram que a doença está em franca evolução e são necessárias medidas mais duras”.

Presidente da Abrasel/MS (Associação de Bares e Restaurantes), Juliano Wertheimer disse que ainda não houve discussão sobre medidas mais restritivas para o setor.

“Espero que não recaia novamente sobre bares e restaurantes. Em alta ou baixa, o setor permaneceu a maior parte do tempo aberto. Não é o foco das contaminações e sim as festas clandestinas, aglomerações domésticas, além de poucas empresas que não cumprem a lei”, diz Juliano.

Segundo a Abrasel, são dez mil bares e restaurantes em Mato Grosso do Sul. O setor emprega 10 mil pessoas.

O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila, afirma que se preocupa com o tom das declarações sobre o avanço da doença. Segundo ele, isso causa terror para quem já se cuida, mas não provoca efeito aos que insistem em desrespeitar as medidas de biossegurança.

Adelaido reclama que o Prosseguir, que é do governo do Estado, não permite diálogo para ouvir o setor. “Antes, a gente saía da prefeitura com medidas amargas, mas eram fruto de ampla discussão”.

O boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) retrata o avanço do coronavírus. A média móvel de casos da doença voltou a subir e são contabilizados 1.701 por dia em Mato Grosso do Sul, maior número desde o começo da pandemia, em março de 2020. De domingo para segunda, foram 1.175 novos casos, com registro de 31 óbitos em 24 horas no Estado.

Campo Grande registrou 520 novos casos e 14 mortes em 24 horas, conforme  boletim divulgado ontem.

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