"Não vimos quando ele pegou a moto", diz amigo de jovem que morreu no autódromo
Amigos e colegas do Exército se despediram de Augusto Henrique Soares Pereira, de 19 anos

O velório do jovem Augusto Henrique Soares Pereira, de 19 anos, morto em acidente na pista do Autódromo Internacional de Campo Grande, teve início na tarde deste domingo (31) com a presença de diversos amigos do rapaz. Entre eles estava um colega de trabalho do militar que confirmou a versão apresentada pelo dono do espaço automotivo.
Ao Campo Grande News, o amigo que preferiu não se identificar contou que estava com Augusto minutos antes de o acidente acontecer. “Nós estávamos lá a passeio e a trabalho também, era um evento de manobra de carro, ao contrário do que estão dizendo por aí que era de moto”, relatou.
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Como informado anteriormente pelo dono do espaço esportivo, Sandro Mauro, o rapaz também afirmou que a vítima pegou a motocicleta sem que ninguém percebesse.
“Nós não vimos quando ele pegou a 'motinha', daquelas que a gente usa pra se locomover lá dentro mesmo. Demos falta dele uma meia hora depois. Fomos atrás e ele estava caído no chão, tinha batido o peito e a boca no guard rail”, disse.
Entre os presentes no velório que teve início às 13h30 estavam diversos militares e colegas de profissão de Augusto, que havia acabado de entrar no Exército e tinha como sonho conseguir engajar na carreira.
A mãe da vítima, que mora em outra cidade, não conseguiu chegar a tempo para o início da despedida, que conta com a presença da avó e da bisavó do rapaz. Muito abaladas, preferiram não dar entrevista à imprensa.
O acidente - O Campo Grande News conversou com o dono do espaço, Sandro Moura, que relatou à reportagem que o evento realizado no autódromo terminou às 17h, horário em que a maioria das pessoas deixou o espaço, assim como a ambulância disponibilizada para socorrer os participantes, se necessário.
Sandro contou que ele já tinha ido embora e que restou, ao final, o filho dele e uma equipe na qual a vítima trabalhava, que terminava de recolher os pertences.
Em certo momento, os funcionários deram falta do jovem e de uma motocicleta elétrica, que não faz barulho quando utilizada, podendo atingir a velocidade de 120 km/h.
“A pista fechada, o evento já tinha acabado, ele pegou a moto escondido da própria equipe. Foi lá e caiu. Deram falta dele, pegaram o carro para tentar achar, quando encontraram ele lá [em uma curva]”, disse.
O proprietário afirmou, ainda, que o socorro foi acionado, mas como já havia passado uma hora do acidente, os colegas de equipe da vítima decidiram colocá-lo na caçamba de uma picape, na tentativa de levar o jovem até uma unidade de saúde. “Encontraram a ambulância no meio do caminho, mas morreu antes de chegar ao hospital”.
Sandro declarou, também, que a Polícia Civil esteve no Autódromo, fez toda a vistoria necessária e não encontrou nada irregular. Além disso, a curva onde a vítima caiu é conhecida por frequentadores do espaço por ser muito fechada e sempre ocasionar batidas.
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