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Capital

Negócio de R$ 23 mil com procurador fez Gaeco intimar vereador a depor

Ricardo Campos Jr. e Adriano Fernandes | 20/09/2016 16:25
Vereador diz que única relação dele com investigado foi venda de caminhonete (Foto: Alcides Neto)
Vereador diz que única relação dele com investigado foi venda de caminhonete (Foto: Alcides Neto)
Flávio Cesar não quis falar com imprensa e somente seu advogado deu uma pequena declaração (Foto: Alcides Neto)
Flávio Cesar não quis falar com imprensa e somente seu advogado deu uma pequena declaração (Foto: Alcides Neto)

A venda de uma caminhonete por R$ 23 mil ao procurador jurídico da Câmara Municipal, André Scaff, motivou a intimação do vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), para depor no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). O montante foi depositado na conta da mulher do parlamentar e, segundo ele, os investigadores queriam saber a origem.

O servidor público é pivô da segunda fase da Operação Midas, desencadeada nesta terça-feira (20). Na primeira parte das investigações foi evidenciada a incompatibilidade dos bens que ele adquiriu com o salário do Legislativo.

Ele é suspeito de receber R$ 3 milhões em propina para aditar e renovar contratos de empresas prestadoras de serviços com a prefeitura no período em que foi secretário de finanças na gestão do ex-vice prefeito Gilmar Olarte.

Foram intimadas a prestar esclarecimentos 22 pessoas. Vários advogados que passaram pelo local durante a tarde afirmam que o principal questionamento dos promotores é qual o envolvimento das testemunhas com Scaff.

Apenas Carlão falou abertamente sobre isso. O vereador Flávio César (PSDB) não quis conversar com a imprensa. Ao deixar o Gaeco, o advogado dele, Newley Amarilha disse que seu cliente conhece o suspeito há pelo menos oito anos em razão do mandato que ocupa na Câmara. “Além disso não temos mas nada a declarar pois os procedimentos seguem em sigilo", comentou.

O ex-vereador Paulo Pedra (PDT) afirmou estar “absolutamente tranquilo” com relação à intimação e só vai dar entrevista após a oitiva.

As peças do inquérito são extensos. Vários advogados solicitaram cópias e tiveram que levar de 12 a 13 DVDs para conseguir gravar todos os arquivos do caso.

Pivô - Scaff e a esposa, Karina Ribeiro Mauro Scaff, foram presos durante a manhã e estão na sede do Gaeco. A defesa deles diz que o casal foi detido e levado ao local apenas para depor e nega o mandado de prisão.

Na lista de testemunhas estão os empresários João Alberto Krampe Amorim, Carlos Gustavo Cardoso Coppola, Ricardo Schettini Figueiredo e João Abib Mansur.

Paulo Pedra afirma estar tranquilo com a intimação (Foto: Alcides Neto)
Paulo Pedra afirma estar tranquilo com a intimação (Foto: Alcides Neto)
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