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Capital

No 1º dia de reabertura do comércio, maioria saiu para comprar "supérfluos"

Ovos de chocolate para comemorar a Páscoa estão entre a lista de prioridades dos campo-grandenses

Maressa Mendonça e Liniker Fabrício | 06/04/2020 18:49
Clientes observam produtos em loja de comésticos de Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)
Clientes observam produtos em loja de comésticos de Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)


A segunda-feira (6) foi marcada pela reabertura parcial do comércio no centro de Campo Grande, com frascos de álcool gel posicionados nas portas do estabelecimentos e muita gente de máscara circulando pelo centro da cidade. Quem decidiu fazer compras não estava em busca de itens essenciais. A maioria saiu de casa em busca de itens “supérfluos” como ovos de chocolate para celebrar a Páscoa.

A dona de casa Zuleide Roberto da Silva, de 66 anos, disse que a intenção inicial foi pagar contas. “Mas como as lojas estavam fechadas, acabei gastando”, brinca. As lojas a que ela se refere são as âncoras como Pernambucanas, Casas Bahia, Magazine Luiza que só devem voltar a funcionar na terça-feira (7).

Zuleide aproveitou que já estava na rua e comprou ovos de chocolate e uma colcha em promoção. Com máscara no rosto ela demonstra não estar indiferente aos casos de coronavírus. “Assim que chegar em casa vou correndo lavar as mãos, tirar essa roupa e tomar um banho”, diz.

A dona de casa Zuleide Roberto da Silva, de 66 anos (Foto: Kisie Ainoã)
A dona de casa Zuleide Roberto da Silva, de 66 anos (Foto: Kisie Ainoã)


Quem também aproveitou para pesquisar preço dos ovos de chocolate foi o motorista Ygor Garcia, de 28 anos, e a dona de casa Ana Paula Amorim, de 24 anos.  Ela observou que os preços estão mais altos que no ano passado e por esse motivo eles estão “andando, pesquisando”.

A auxiliar de limpeza Andréia Eloi, de 45 anos, disse ter saído de casa apenas para acompanhar a mãe idosa que precisava resolver serviços bancários com o uso da biometria. “Aproveitei para comprar algumas coisas que estava precisando. Uma panela de pressão e outros itens para casa”.

Ao contrário da mãe, Andréia dispensou o uso de máscara, mas não abriu mão de colocar um álcool em gel na bolsa. “Só assim para conseguir sair porque a gente não consegue parar para lavar as mãos toda hora”.

O servidor público Fernando Souza, de 30 anos, disse que antes mesmo do início do isolamento já precisava ter ido ao centro para comprar alguns itens pessoais. Ele foi deixando para depois e acabou perdendo a chance quando foi publicado o decreto sobre o fechamento do comércio.

Nesta segunda-feira (6), ele percebeu nova oportunidade de comprar o que precisava e não perdeu tempo. “Quis vir no primeiro dia porque nas próximas semanas vai ocorrer o ponto crítico do corona”, explicou.

Clientes voltam a fazer compras no centro de Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)
Clientes voltam a fazer compras no centro de Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)


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