Nove morrem em confrontos ou executados em 3 dias

O fim de semana foi marcado por crimes violentos em Campo Grande. Somente de sexta-feira (31) até esse domingo (2), foram registradas nove mortes, entre execuções a tiros envolvendo tráfico de drogas e confronto com a Polícia Militar. Se contar desde o início do ano, já são 18 homicídios e seis mortes por agentes da segurança pública.

O primeiro caso aconteceu na tarde de sexta-feira, quando Arthur Aleixo Soares, 24 anos, foi morto a tiros por uma dupla de moto, na Rua Mairinque, Jardim Centro Oeste, região sul da Capital. Aleixo estava foragido do sistema prisional.

Na mesma tarde, outro rapaz foi assassinado. Identificado apenas como Luciano, de 40 anos, a vítima foi atacada a facadas no canteiro da Avenida Duque de Caxias, na Vila Popular, sem motivo aparente. O suspeito, Luan do Prado Varanda, de 28 anos, foi preso em flagrante pelo crime.

Na tarde do dia seguinte, sábado (2), Filipe de Augusto de Brito Correa, de 31 anos, foi morto a tiros dentro de uma oficina de motos, na Vila São Jorge da Lagoa, região do Jardim Tijuca, em Campo Grande. Os suspeitos estavam de motocicleta e são procurados pela polícia. Filipe tinha passagens por tráfico e já havia sido alvo de operação policial.

Já durante a noite, Gabriel da Silva Matos, 22, foi executado em uma tabacaria localizada na Avenida dos Cafezais, no Jardim das Macaúbas, em crime filmado por câmera de segurança. Gabriel Matos respondia a processo por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e roubo.

Na madrugada de domingo (3), um homem matou com três tiros o pai de santo Valdinei Custódio Vanderlei, 47, durante trabalho espiritual. O caso aconteceu no terreiro Tenda de Umbanda Pai João de Angola, no Bairro Parque do Lageado, na Capital. O caso ainda segue em investigação.

A madrugada de domingo ainda teve mais mortes. Na região central da Capital, dois homens e uma mulher trocaram tiros com policiais militares logo após invadirem o comércio de um ourives de 71 anos. Os criminosos roubaram e espancaram a vítima. Os três morreram no confronto.

À tarde, Elpído da Silva Santos, 36 anos, conhecido como “Dinho”, considerado um dos chefes do tráfico de drogas na Vila Nhanhá, foi executado a tiros. Ele foi encontrado caído, perto do portão, do lado de dentro da casa, na Rua Floriano Paulo Corrêa. Segundo a informação da Polícia Militar, foram pelo menos 14 disparos, todos no rosto.

Os números são altos, segundo dados da Sejusp-MS (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul). Desde o início do ano já foram registrados 18 homicídios em Campo Grande e 41 em MS. Mortes em confronto somam 6 na Capital e 10 em todo o Estado.

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