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Capital

Pai de jovem que atirou na ex já matou a esposa e casou de novo com nome falso

Elio Rocha, pai de Messias Cordeiro, foi preso novamente agora por ter sido flagrado em posse ilegal de arma

Lucia Morel e Viviane Oliveira | 01/05/2023 11:25
Elio Rocha Dias da Silva quando foi preso novamente, em 2011. (Foto: Reprodução processo)
Elio Rocha Dias da Silva quando foi preso novamente, em 2011. (Foto: Reprodução processo)

O pai de Messias Cordeiro de Lima, 25 anos, preso pela morte de Luan Roberto de Oliveira, 24 anos, e tentativa de homicídio da ex-namorada, Karolina Silva Pereira, 22, já tem passagem pelo assassinato de uma ex-mulher, na década de 1990, e também por identidade falsa. Ele foi preso junto com o filho por ter sido encontrada em sua posse uma arma irregular.

Elio Rocha Dias da Silva, hoje com 63 anos, ajudou o filho a se esconder da polícia depois de ter cometido os crimes e acabou sendo preso agora por porte ilegal de arma, uma espingarda calibre 22, encontrada na chácara onde mora, no Bairro Chácara das Mansões.

Processo aberto em 2012 por falsidade ideológica conta um pouco da história de Elio, que passou a usar o nome de Elson na década de 80 e mudou seus documentos.

A ação para nulidade de registro de nascimento encaminhada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul revela que, em 3 de outubro de 1980, ele foi até um cartório em Campo Grande e inseriu em sua certidão de nascimento o nome de Elson Rocha Dias da Silva e três anos depois, em janeiro de 1983, alterou sua certidão de casamento para incluir o nome acima citado.

Trecho de denúncia do MP por falsidade ideológica de Elio. (Foto: Reprodução processo)
Trecho de denúncia do MP por falsidade ideológica de Elio. (Foto: Reprodução processo)

Já em novembro de 1984 e então em outubro de 1987, registrou a paternidade de dois filhos com o nome falso e, em março de 1989, tirou o RG (Registro Geral) em nome de Elson. Já em 1990, ele matou uma ex-mulher e depois de saber que havia mandado de prisão contra si em nome da falsa identidade, acabou indo para a cidade de Ji Paraná, em Rondônia, onde começou a usar seu verdadeiro nome.

Foi então que ele casou novamente e teve três filhos, todos registrados em seu nome de nascimento. O caso só foi descoberto porque em 2011, a mãe desses três últimos filhos o denunciou por violência doméstica e contou que Elio tinha duas identidades. Em busca e apreensão na casa dele, em Campo Grande, a polícia encontrou documentos com os dois nomes.

Pelo homicídio ele foi preso apenas em 2003 e em 2009 entrou em regime condicional. No ano de 2011, foi fichado novamente a acabou ficando preso por violência doméstica.

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