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Capital

Pelo fim da impunidade, Agetran prega "tolerância zero" com infratores

Ricardo Campos Jr. | 18/03/2015 16:57
Elizabeth mostra cópia de certificado de capacitação de guarda municipal para atuar no trânsito (Foto: Marcos Ermínio)
Elizabeth mostra cópia de certificado de capacitação de guarda municipal para atuar no trânsito (Foto: Marcos Ermínio)

Convocada para reunião nesta quarta-feira (18) na Câmara Municipal, a diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transportes e Trânsito), Elizabeth Félix da Silva Carvalho, rebateu críticas sobre a atuação de guardas municipais nas ruas de Campo Grande, ação apelidada de “indústria da multa”. Com dados e estatísticas em mãos, mostrou a importância da parceria e das ações educativas, ao passo que prometeu “tolerância zero” para quem comete infrações.

“Não adianta fazer só campanha. Tem que tirar o infrator das ruas”, disse Elizabeth. O encontro foi organizado pela Comissão Permanente de Trânsito de Campo Grande e contou com a presença de vereadores.

A diretora-presidente esclareceu que a atuação dos guardas envolveu um processo que começou no ano passado com um curso de capacitação exigido pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e ainda nem terminou, pois eles atualmente passam por um estágio supervisionado pelos agentes de trânsito, pois eles só atuarão sozinhos quando estiverem realmente preparados. “Hoje eles ainda só podem atuar em conjunto”, relatou.

“O Detran arrecadou em janeiro R$ 1,6 milhão em multas. Levando em conta o aumento da frota e de condutores, os dados não variaram muito. Não está havendo indústria da multa”, disse Elizabeth.

Sobre reclamações acerca das vestimentas dos guardas, que poderiam confundir os motoristas, ela esclareceu que os homens e mulheres que estão em fiscalização de trânsito usam bonés e cintos brancos. Ela revelou que está em processo de licitação a compra de uma espécie de colete amarelo para que fique ainda mais claro a diferenciação entre aqueles que cuidam apenas da segurança patrimonial.

“Quem está sendo multado, não é o cidadão comum, é o infrator. Tem que fazer campanha educativa, mas também tem que fazer blitz”, relatou. A ideia, segundo ela, é que os guardas trabalhem nas regiões periféricas da capital, onde é mais comum encontrar condutores não habilitados, veículos trafegando sem condições, além de casos de embriaguez e até mesmo acidentes.

Ela espera que em breve a PM (Polícia Militar) coloque mais agentes nas ruas e que não haverá tolerância para crimes de trânsito. “Cidadão que sai de casa, já saia prevenido. Se cometer infração, vai ser multado. Só vai ser autuado quem merece ser autuado”, concluiu.

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