Homem se arrisca dançando sobre pontilhão na região central da Capital
Local já foi cenário de queda fatal em 2018 e Guarda alerta para risco de novas tragédias
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Um homem foi flagrado dançando e realizando manobras com uma barra metálica sobre o pontilhão localizado no cruzamento da Avenida Calógeras com a Rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande. O incidente, registrado na tarde de quarta-feira (17), chamou a atenção de motoristas e pedestres. O local já foi palco de uma tragédia em 2018, quando um jovem de 19 anos faleceu após cair de uma altura de 4,5 metros. A Guarda Civil Metropolitana alerta sobre os riscos desse tipo de comportamento e mantém patrulhamento preventivo na região, especialmente durante as festas de fim de ano.
Um vídeo enviado ao Campo Grande News mostra um rapaz dançando e fazendo manobras com uma barra metálica sobre o pontilhão no cruzamento da Avenida Calógeras com a Rua Antônio Maria Coelho, na região central de Campo Grande. A cena foi registrada na tarde desta quarta-feira (17) e chamou a atenção de motoristas e pedestres que passavam pelo local, conhecido pelo fluxo intenso de veículos e pela circulação diária de usuários de drogas.
Quem gravou o vídeo foi o auxiliar administrativo Mateus Oliveira, que seguia para o trabalho quando percebeu a movimentação. “Tinha acabado de sair de casa, tava indo pro serviço. Reparei nos carros buzinando, aí olhei pra cima e vi o rapaz dançando lá em cima da ponte. Todo mundo buzinando, tinha gente gritando também, e ele bem de boa, dançando lá. Ele se sentiu em um palco com certeza”, relatou.
Além do risco imediato de queda, o pontilhão já foi palco de uma tragédia. Em novembro de 2018, um jovem de 19 anos morreu após cair do mesmo viaduto. Alessandro Pacífico Rodrigues havia ingerido chá de cogumelo junto com amigos e, segundo testemunhas, caminhava pelo local quando se desequilibrou e caiu de uma altura de cerca de 4,5 metros. Ele chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado à Santa Casa, mas morreu em decorrência de hemorragia causada pelas lesões da queda.
À época, a polícia apurou que o jovem caiu de costas, o que agravou o quadro clínico. A substância ingerida, a psilocibina, tem efeito psicoativo e pode causar alterações na percepção, tontura e sensação de euforia, fatores que aumentam significativamente o risco em locais elevados e sem proteção.
Orientações - Procurada pela reportagem, a Guarda Civil Metropolitana reforçou o alerta sobre o perigo da ação. “Qualquer pessoa sobre uma estrutura elevada corre risco de queda, e isso também coloca em perigo quem está passando embaixo. Caso as pessoas se deparem qualquer situação que as pessoas estejam em perigo, o que necessite do apoio das forças de segurança pode estar entrando em contato com a gente”, afirmou o inspetor Alexandre Pedroso, subcomandante.
Segundo ele, a corporação mantém patrulhamento preventivo contínuo na região central, reforçando neste período de festas de fim de ano. A corporação intensifica as rondas em todo o quadrilátero central, com apoio do sistema de monitoramento que funciona 24 horas.
A Guarda orienta que situações de risco devem ser comunicadas imediatamente pelo telefone 153, para que as equipes possam intervir de forma rápida e preventiva.
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