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Direto das Ruas

Além do atraso, ofensa: marceneiro não entrega camas e xinga clientes

Vários compradores dizem que pagaram por móveis, não receberam e foram xingados ao cobrar a entrega

Por Gabi Cenciarelli | 16/12/2025 17:50
Além do atraso, ofensa: marceneiro não entrega camas e xinga clientes
Prints onde Daniel aparece xingando clientes (Foto: Divulgação)

O nome de Daniel Machado Valdez, responsável pela empresa Madestores, tem sido associado a relatos atrasos na venda de móveis sob encomenda, envolvendo consumidores que afirmam ter pago antecipadamente e ainda não recebido os produtos.

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Daniel Machado Valdez, proprietário da Madestores, está sendo acusado de aplicar golpes na venda de móveis sob encomenda. Diversos consumidores relatam ter efetuado pagamentos antecipados sem receber os produtos, principalmente camas e berços infantis. Quando cobrado, o empresário responde com ofensas aos clientes. Entre os casos denunciados, há relatos de produtos entregues com defeitos, móveis retirados para ajustes que nunca foram devolvidos e atrasos que se estendem por até dois anos. Os valores dos prejuízos variam de R$ 800 a R$ 1.800. Procurado pela reportagem, Daniel não se manifestou sobre as acusações.

A situação tem gerado revolta em Campo Grande, especialmente porque há clientes que dizem aguardar a entrega de camas e berços há até dois anos, o que envolve não apenas prejuízo financeiro, mas também sonhos e planos frustrados, principalmente de famílias com filhos pequenos.

Vários clientes procuraram o Campo Grande News relatando que o fornecedor não cumpre prazos e que, ao ser cobrado, passou a ofender consumidores, chamando alguns de “corno” e “viado”. Um dos clientes, que tenta resolver uma pendência há cerca de dois anos, chegou a chamá-lo de “vagabundo” depois de ser ofendido em um grupo criado por  pessoas que aguardam produtos ou reembolso. A resposta, segundo os relatos, foi imediata, com xingamentos. Prints das conversas foram encaminhados à reportagem.

Além do atraso, ofensa: marceneiro não entrega camas e xinga clientes

Além dos relatos, quatro casos já foram levados pelos consumidores à Justiça, todos com queixas semelhantes de pagamento antecipado e de não entrega dos móveis. Nos processos, os consumidores afirmam ter pago valores que variam de R$ 295,00 a R$ 1.800,00, sem receber os produtos dentro do prazo prometido.

Em alguns casos, os clientes relatam tentativas frustradas de contato e busca por solução no Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) antes de recorrer ao Judiciário.

Uma das consumidoras relata que comprou a cama e recebeu o produto normalmente. Meses depois, após um acidente com um escorpião dentro de casa, ela solicitou a instalação de pés na estrutura por questões de segurança. O marceneiro retirou o móvel para fazer a adaptação, mas a cama nunca mais foi devolvida.
“Ele diz que vai entregar, mas já fazem quase dois anos. Pedi os pés na cama depois do acidente. Ele levou a cama e nunca mais trouxe”, afirma.

Outro cliente afirma ter pago R$ 1.800,00 à vista por uma cama e aguardado cerca de um ano pela entrega. Quando o móvel chegou, segundo ele, estava em péssimas condições. “A madeira tinha mofo, não tinha acabamento e meu filho se machucou. Fiquei no prejuízo total, foi um sonho frustrado”, diz. Em menos de três meses, ele afirma que precisou se desfazer do móvel.

Além do atraso, ofensa: marceneiro não entrega camas e xinga clientes
Na foto de cima, cliente mostra referência de pedido e, abaixo, o produto que recebeu (Foto: Direto das Ruas)

Há ainda o caso de uma mãe que pagou R$ 800,00 à vista, em outubro, por um berço e nunca recebeu o produto. “Ele marca data, mas não cumpre. Agora marcou de novo, mas já sei que não vai entregar,” afirma.

O que diz o responsável - Em resposta, Daniel Machado Valdez afirmou que o aumento da demanda por móveis sob encomenda fez com que assumisse mais pedidos do que a marcenaria conseguia atender, o que resultou em uma grave crise financeira, com dívidas e pedidos em aberto.

Ele disse que nunca deixou de responder os clientes, que criou um grupo no WhatsApp para tratar das pendências e que atualmente restaria apenas um pedido não entregue. Segundo ele, trabalha sozinho, sem funcionários, vem se dedicando intensamente para honrar os compromissos e decidiu recomeçar após enfrentar problemas financeiros e de saúde emocional.

Afirmou que também foi alvo de ofensas e humilhações por parte de alguns clientes e que, por trabalhar sozinho e sem estrutura financeira, não conseguiu se defender publicamente ou juridicamente. Ele reconhece um episódio isolado de resposta inadequada, ocorrido após ataques pessoais em um grupo de pendências, e diz que reagiu no mesmo tom das ofensas recebidas.

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